terça-feira, 6 de março de 2018

Piscicultura brasileira cresce 8% em 2017 e atinge 697 mil t. País já é o 4º maior produtor mundial de Tilápia


A Tilápia é a mais importante espécie de peixes cultivados do Brasil. Fonte: PEIXE BR.
A Piscicultura brasileira produziu 697 mil toneladas de peixes de cultivo em 2017. Esse resultado é 8% superior ao de 2016 (640.510 t). A informação é da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) e faz parte do Anuário da Piscicultura Brasileira – edição 2018, que acaba de ser publicado.

A Tilápia é a mais importante espécie de peixes cultivados do Brasil. Segundo levantamento inédito da Associação Brasileira da Piscicultura, a espécie representa 51,7% da Piscicultura nacional, com 357.639 toneladas em 2017.

A segunda posição não é de uma espécie em si, mas de uma categoria de peixes: os nativos. De acordo com a pesquisa da PEIXE BR, liderados pelo Tambaqui os nativos representam 43,7% da produção brasileira: 302.235 toneladas.

Outras espécies, entre as quais destacam-se Carpas e Trutas, representam 4,6% da produção brasileira de peixes de cultivo em 2017, com 31.825 toneladas. A pesquisa da PEIXE BR em todo o Brasil mostra, pela primeira vez, os números da Tilápia no país, comprovando sua viabilidade em termos produtivos e como negócio, já que a espécie está presente nos maiores e mais recentes empreendimentos, sobretudo na região Sul/Sudeste.

“A autorização para produção da Tilápia em estados com grande potencial de desenvolvimento da Piscicultura, como Tocantins e Mato Grosso, também mostra que a participação da espécie na Piscicultura brasileira deve crescer ainda mais no futuro”, complementa Francisco Medeiros, presidente executivo da PEIXE BR.

Brasil, 4º maior Produtor de Tilápia

A produção brasileira de Tilápia foi de 357.639 toneladas em 2017, de acordo com levantamento da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR). Esse resultado coloca o Brasil entre os quatro maiores produtores do mundo, atrás de China, Indonésia e Egito.

De acordo com o Relatório Intrafish, respeitada publicação da Noruega, a China lidera o ranking com 1,8 milhão de toneladas de Tilápia por ano. A Indonésia está na segunda posição, com 1,1 milhão/t, e, depois, o Egito, com 800 mil t/ano. Após o Brasil, vêm Filipinas (311,6 mil t) e Tailândia (300 mil t).

O Paraná é o maior produtor de Tilápia do Brasil, com 105.392 toneladas. A espécie participa com 94% da produção total de peixes cultivados do estado. A Tilápia também está presente com força de São Paulo. Nada menos do que 95% da produção do estado – equivalentes a 66.101 t – são de Tilápia.

O terceiro maior produtor de Tilápia do Brasil é Santa Catarina, com 32.930 t (74% do total). Depois vêm Minas Gerais, com 27.579 t (95% do total), e Bahia, com 22.220 t (81% do total). Juntos, os cinco estados maiores produtores de Tilápia do Brasil representam 64,9% da produção nacional.

Paraná é maior produtor de peixes de cultivo do Brasil

Paraná mantém-se na liderança entre os estados produtores de peixes de cultivo, com 112 mil toneladas em 2017. O aumento foi de 19,3% em relação a 2016.

A segunda posição permanece com Rondônia, agora com 77 mil toneladas e crescimento de 2% sobre o resultado de 2016. A terceira posição continua com São Paulo. O estado atingiu a produção de 69.500 toneladas, com elevação de 6,3% sobre o ano anterior. A quarta posição no ranking estadual permanece com Mato Grosso. O estado cresceu 3,5% em 2017, atingindo 62.000 toneladas. Santa Catarina está na 5ª posição, com produção de 44.500 toneladas de peixes cultivados em 2017.

Rondônia lidera produção de peixes nativos

Rondônia e Amazonas (região Norte), Mato Grosso e Goiás (região Centro-Oeste) e Maranhão (região Nordeste) são os maiores produtores de peixes nativos do Brasil. A pesquisa da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) não detalha, em percentual, as espécies nativas mais produzidas, porém a liderança é do Tambaqui, Pirapitinga, Pacu e seus híbridos, principalmente Tambatinga.

Rondônia lidera o ranking, com 100% de sua produção (77 mil t, em 2017) de espécies nativas. Mato Grosso aparece em segundo lugar, com 60.134 t (97% do total). Na sequência, vêm Amazonas, com 100% da produção de peixes nativos (28 mil t), Maranhão, com 90% das 26.500 t, e Pará, com 97,2% da produção total de 20 mil t.

Os cinco estados, juntos, representam 69% da produção total de peixes nativos, lembrando que estas espécies estão mais disseminadas pelo Brasil – especialmente pelas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. De acordo com o levantamento da PEIXE BR, somente no Distrito Federal não há cultivo de peixe nativo.


Fonte: PEIXE BR.

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