domingo, 23 de novembro de 2025

Com criação semi-selvagem e controle rígido de toxinas, o baiacu japonês 2025 estreia pra dominar a aquicultura

 


baiacu japonês, que durante décadas foi sinônimo de perigo e envenenamento, entra em 2025 como protagonista de uma nova fase da aquicultura. Nas costas do Japão, fazendas marítimas altamente controladas vêm transformando um peixe temido em carne premium, com foco total em segurança alimentar, rastreabilidade e certificação técnica.

Esse sistema combina tecnologia, biologia marinha e protocolos rígidos de manejo para controlar toxinas, garantir bem-estar animal e entregar um produto caro, raro e extremamente valorizado. Do ovo às bandejas refrigeradas, cada etapa da criação do baiacu japonês é pensada para reduzir riscos e aumentar o valor econômico de cada quilo produzido.

Do medo à fazenda: como o baiacu japonês virou aposta da aquicultura



Quando se fala em baiacu japonês, a primeira reação quase sempre é a mesma: veneno, risco, intoxicação. Mesmo assim, milhões de toneladas de puffer fish são consumidas todos os anos, especialmente na Ásia, onde o peixe é tratado como iguaria de alto prestígio.

O salto da pesca extrativa para a criação planejada em fazenda muda o jogo.

Em vez de depender apenas do baiacu japonês selvagem, o Japão consolidou um modelo em que o peixe nasce em ambiente controlado, cresce em mar aberto e volta para unidades de processamento especializadas.

Essa lógica semi-selvagem permite unir o melhor dos dois mundos: controle sanitário de laboratório e sabor de peixe criado no oceano.

Primeira fase: baiacu japonês nasce em tanques controlados com água do mar filtrada

Tudo começa nos primeiros dias de vida. Cerca de 3 a 7 dias após a eclosão, as larvas de baiacu japonês são transferidas para tanques de recria.

Os produtores usam água do mar natural, filtrada e esterilizada, rica em oxigênio e mantida em parâmetros estáveis.

Essa fase é crítica. O baiacu japonês ainda é extremamente frágil, sensível a variações de temperatura, oxigênio e qualidade da água.

Por isso, técnicos monitoram continuamente o sistema, ajustando fluxo, renovação e alimentação para que as pós-larvas se desenvolvam com o mínimo de estresse possível.

É aqui que se definem a taxa de sobrevivência e o futuro desempenho de todo o lote.

Durante cerca de quatro meses, os peixes ficam nesses tanques de recria, ganhando peso e desenvolvendo um sistema imunológico mais robusto.

Só depois dessa “infância protegida” é que o baiacu japonês está pronto para encarar o mar aberto.


Segunda fase: gaiolas oceânicas e criação semi-selvagem em mar aberto

Passado o período em tanques, o baiacu japonês segue para o mar. A próxima etapa acontece em grandes gaiolas oceânicas, estruturas reforçadas projetadas para aguentar ondas fortes, correntes e tempestades.
Essas gaiolas são fixadas em áreas estratégicas da costa japonesa, onde a renovação de água é constante e a qualidade do mar é adequada.

Ali o baiacu japonês passa a viver num regime semi-selvagem: em contato direto com o ambiente marinho, mas sem risco de fuga nem exposição a predadores.

As gaiolas são planejadas para:

  • Impedir que o baiacu japonês escape ou invada outras áreas
  • Proteger os peixes de ataques de grandes predadores
  • Garantir circulação constante de água limpa e oxigenada

Ao mesmo tempo, a alimentação continua sendo controlada pela fazenda, evitando contaminações e garantindo um crescimento uniforme.

Na prática, o peixe vive no mar, mas em um sistema de produção pensado como indústria de alta precisão.


Colheita controlada: peso ideal e janela de segurança das toxinas

Em geral, os produtores fazem o abate entre outubro e março, quando os peixes já atingiram entre 800 gramas e 1,2 quilo em média.

Essa faixa de peso equilibra rendimento de carne, textura e padronização de lote.

Além disso, existe um ponto-chave: o nível de toxina precisa estar dentro de padrões de segurança.

Ao trabalhar com linhagens selecionadas, alimentação controlada e janelas específicas de abate, as fazendas conseguem manter a toxina em limites compatíveis com a legislação e com as normas de segurança alimentar.

Antes de chegar à mesa, o baiacu japonês passa por inspeções, registros e controles internos. Só o lote que cumpre os requisitos de peso, aparência, sanidade e segurança segue para o processamento.

Processamento do baiacu japonês: certificação obrigatória e cirurgia milimétrica

A etapa mais sensível de toda a cadeia acontece depois da pesca: o processamento. Não é qualquer profissional que pode manipular o baiacu japonês.

No Japão, o corte do peixe exige treinamento formal e certificação específica, justamente devido aos órgãos altamente tóxicos.

Em unidades próprias para isso, trabalhadores treinados fazem incisões precisas ao longo do corpo do peixe e removem, com extremo cuidado, as partes que concentram toxinas, como:

  • Fígado
  • Ovários
  • Intestinos
  • Determinadas áreas da pele

Esses tecidos não têm reaproveitamento alimentar. São descartados seguindo protocolos rigorosos de segurança e descarte de resíduos perigosos.

O que permanece é a porção considerada segura e mais valiosa: o músculo dorsal do baiacu japonês, famoso pela textura firme, porém macia e pela alta concentração de nutrientes.

Essa parte é aparada, padronizada e preparada para seguir para refrigeração, congelamento ou uso imediato em restaurantes especializados.

Carne premium, preço alto e imagem totalmente reconstruída

O resultado de todo esse processo é um produto bem diferente da visão tradicional de “peixe perigoso”. O baiacu japonês de fazenda chega ao mercado como carne premium, associada a:

  • Controle total da cadeia produtiva
  • Processamento certificado por profissionais especializados
  • Origem rastreável em fazendas marítimas específicas
  • Textura e sabor valorizados na alta gastronomia japonesa

Em vez de depender da pesca aleatória, o sistema de aquicultura permite planejar produção, ajustar oferta à demanda e manter um padrão constante de qualidade.

O que antes era um risco individual na mão de um pescador e de um chef agora é uma cadeia industrial organizada que trata cada peixe como um ativo de alto valor.

Para o consumidor, isso significa acesso a baiacu japonês com muito mais segurança e previsibilidade, sem prescindir da tradição e da experiência gastronômica que tornaram o peixe famoso.

O modelo que começa a ganhar força em 2025 não fala só sobre um peixe. Ele revela um caminho para a própria aquicultura mundial: criação semi-selvagem, tecnologia aplicada, certificação obrigatória e foco extremo em segurança alimentar.

O baiacu japonês, que já foi visto como um vilão inevitável, vira laboratório vivo de como é possível pegar uma espécie altamente tóxica, entender sua biologia, controlar seus riscos e transformá-la em uma proteína de luxo, produzida em escala, com padrão e rastreabilidade.

Essas fazendas marítimas japonesas mostram que o futuro dos alimentos pode passar por sistemas mais complexos, mas também muito mais seguros.

Entre tanques de água do mar filtrada, gaiolas oceânicas reforçadas e mesas de corte cirúrgico, o que se constrói é um novo pacto entre risco, ciência e gastronomia.

E você, teria coragem de provar um prato feito com baiacu japonês criado em fazenda marítima, sabendo de todo esse controle de toxinas e certificação, ou ainda teria medo desse antigo “vilão” do mar?


Fonte adaptada: CLICK Petróleo e Gás. Com criação semi-selvagem e controle rígido de toxinas, o baiacu japonês 2025 estreia pra dominar a aquicultura com carne premium, processamento especializado. ClickPetróleoeGas.com.br, 2025. Disponível em: https://clickpetroleoegas.com.br/com-criacao-semi-selvagem-e-controle-rigido-de-toxinas-o-baiacu-japones-2025-estreia-pra-dominar-a-aquicultura-com-carne-premium-processamento-especializado-mhbb01/. Acesso em: 23 nov. 2025.

sábado, 27 de setembro de 2025

Portaria do Ministério da Pesca e Aquicultura padroniza nomes de peixes para rotulagem

 


O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) publicou a Portaria nº 532/2025, que traz uma novidade importante para o setor pesqueiro e aquícola: a padronização dos nomes científicos e comuns das espécies de peixes de interesse comercial a serem utilizados na rotulagem de produtos destinados ao comércio nacional.

A medida tem como principal objetivo garantir clareza e transparência na identificação dos produtos de origem pesqueira, evitando confusões na comercialização e fortalecendo a confiança dos consumidores. A lista oficial de espécies e seus respectivos nomes, foi organizada pelo Departamento da Indústria do Pescado/MPA, sendo agora a referência oficial a ser seguida por pescadores, produtores, comerciantes e indústrias de processamento.

Segundo a Portaria, os rótulos de peixes e derivados devem conter obrigatoriamente o nome comum da espécie, garantindo que o consumidor saiba exatamente o produto que está adquirindo. Essa padronização também favorece o controle de origem, a rastreabilidade e a qualidade dos pescados comercializados.

Com a publicação desta norma, ficam revogadas:

  • a Instrução Normativa nº 53, de 1º de setembro de 2020, do Ministério da Agricultura e Pecuária;
  • a Portaria nº 570, de 23 de março de 2023, também do MAPA.

Esse é um passo importante para o setor, pois harmoniza a nomenclatura oficial, moderniza a legislação e traz mais segurança para toda a cadeia produtiva do pescado.

👉 Para acessar a lista completa de espécies e conferir a Portaria MPA nº 532/2025 na íntegra, clique no link oficial:

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Nova tecnologia acelera mapeamento automático de viveiros escavados no Brasil

Sistema de viveiros escavados é o mais utilizado na produção de peixes no Brasil. Na foto acima, um exemplo de viveiro escavado no estado do Tocantins

Foto: Clenio Araújo.

A Embrapa e parceiros, por meio da Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (UMIPI) Oeste Paranaense, estão utilizando nova metodologia para mapear automaticamente viveiros escavados, sistema de produção que prevalece no Brasil. A técnica foi aplicada no Paraná, principal estado produtor e exportador de peixes do País. A solução concilia o uso de imagens de satélite de alta resolução, índices espectrais, classificação orientada a pixels com Random Forest (um algoritmo classificador de aprendizado de máquina) e filtros de atributos geométricos. Assim, foi possível obter dados inéditos em larga escala sobre a aquicultura brasileira. Os detalhes do estudo foram recentemente publicados na revista internacional Aplicações de Sensoriamento Remoto: Sociedade e Meio Ambiente e podem ser acessados aqui.

“No estudo realizado, conseguimos automatizar o processo de mapeamento com um índice de 90% de acerto,” conta a geógrafa Marta Ummus, da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO), que participou da pesquisa. “Isso não significa dizer que não é necessária uma validação humana (a máquina não vai substituir as pessoas), mas que reduzimos 90% de nossos esforços para o mapeamento. Trata-se de um trabalho pioneiro no Brasil”, completa. Segundo ela, até agora as metodologias usadas baseiam-se em interpretação visual de imagens de satélite ou em métodos semiautomáticos, que geram grandes massas de dados para validação dos algoritmos, mas costumam ser mais trabalhosos e demandar mais especialistas nesse processo.

O artigo relata que a metodologia foi implementada na plataforma Google Earth Engine (GEE) e utilizou imagens de satélite do programa Iniciativa Internacional da Noruega para o Clima e Florestas (NICFI). O processo envolveu classificação orientada a pixels de imagens de satélite e a utilização do algoritmo Random Forest (RF) para classificação, com base em 1,2 mil amostras de treinamento. “Propusemos uma metodologia inédita no País para mapear, de forma automática, áreas de piscicultura em viveiros escavados. Diferentemente de outros países, principalmente asiáticos, o Brasil não contava com uma metodologia que extraísse os viveiros escavados para áreas continentais interiores”, acrescenta Bruno Silva, pesquisador do Biopark Educação na Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi) do Oeste do Paranaense.

40% dos viveiros paranaenses estão na região de Curitiba e no Oeste do estado

A pesquisa localizou 42.369 tanques de aquicultura (em 13.514 empreendimentos aquícolas), que somam 11.515 hectares de lâmina d’água. Aproximadamente 40% dessas estruturas ficam em duas (Oeste e Metropolitana de Curitiba) das dez mesorregiões analisadas e ocupam 40% da superfície de água utilizada pelos aquicultores paranaenses.

Na mesorregião Oeste, onde se concentram os principais municípios produtores do Paraná (com destaque para Nova Aurora, Palotina, Toledo e Assis Chateaubriand), estão 24% dos viveiros. Além disso, há por ali uma infraestrutura de produção já estabelecida, com cooperativas agroindustriais compondo a cadeia produtiva de valor. Certamente, esses dados estão relacionados e explicam parte do sucesso da atividade.

Na outra ponta, estão as mesorregiões Centro-Oriental (com 6% da área e da quantidade de tanques), Noroeste (que responde por 5%) e Centro-Oeste (com 4%). Juntas, quase equivalem aos 16% da mesorregião Metropolitana de Curitiba. Destacam-se, ainda, as mesorregiões Sudeste e Sudoeste, que somam 17% de tanques destinados. Essa divisão considerada no estudo é a definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outro dado obtido por meio do mapeamento feito pela Embrapa e por parceiros mostra que, dos 5.621 empreendimentos aquícolas paranaenses, mais da metade estão na mesorregião Oeste, que conta com 2.884 (ou mais de 51% do total). Já a mesorregião Sudoeste tem 14% do total desses empreendimentos. Ou seja, quase dois terços (cerca de 65%) da atividade aquícola no Paraná em viveiros escavados concentram-se nessas duas mesorregiões. Nas demais, a atividade ainda não se encontra no mesmo estágio de desenvolvimento.

Parcerias a fim de expandir para outros estados

Com os bons resultados obtidos no principal estado piscicultor do Brasil, a ideia é expandir a metodologia para mapeamento automático de viveiros escavados para outras regiões. Ummus cita que isso já vem ocorrendo em Rondônia, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Tocantins. “Certamente, vamos expandir esses mapeamentos para outros estados. Para isso, é fundamental estabelecermos parcerias com instituições públicas estaduais, uma vez que o conhecimento local é essencial para o refinamento do algoritmo desenvolvido e para a difusão dessa tecnologia”, projeta.

Ainda segundo a geógrafa da Embrapa, “o mapeamento automático proporciona uma maior celeridade na disponibilização das informações. A aquicultura é um fenômeno espacial e dinâmico. Por isso, é fundamental provermos dados atualizados e em tempo oportuno para subsidiar e aumentar a assertividade dos processos decisórios tanto para instituições públicas quanto para a iniciativa privada”. A geração e a disponibilização de dados para governos e outras instituições públicas e para empresas do setor privado estão entre os maiores benefícios do trabalho, que pode ser consultado aqui do Centro de Inteligência e Mercado em Aquicultura (CIAqui).

Silva enxerga um cenário bastante favorável e dá exemplos da aplicação dessa solução. “Essas informações possibilitam ao produtor entender o contexto no qual ele se insere numa determinada região, como está o seu entorno em termos de concentração e densidade da atividade aquícola. Em relação aos gestores, é um estudo de base crucial, que norteará esforços para gerir melhor recursos hídricos e demais recursos ambientais; reconhecer onde a piscicultura está pressionando o contexto ambiental; avaliar áreas com menor espaço destinado à piscicultura, direcionar de forma mais assertiva futuros investimentos em infraestrutura ou recursos humanos”, detalha.

Esse trabalho foi feito em parceria entre a Embrapa, o Biopark e o Biopark Educação, com apoio da Fundação Araucária e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Recentemente, o projeto foi renovado e, com isso, novas perspectivas de expansão se abriram. Mais informações podem ser obtidas diretamente com a geógrafa Marta Ummus pelo e-mail: marta.ummus@embrapa.br.

Fonte: Assessoria Embrapa Pesca e Aquicultura

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Embrapa apresentará lançamentos e tecnologias no IFC 2025

Lançamentos, tecnologias e muita informação: é o que a Embrapa levará para o evento de aquicultura. Foto: Jefferson Christofoletti

Entre os dias 02 e 04 de setembro, Foz do Iguaçu (PR) será palco de um dos maiores encontros da aquicultura e pesca da América Latina: o International Fish Congress & Fish Expo Brasil (IFC 2025). Mais uma vez, a Embrapa marcará presença levando lançamentos, tecnologias e palestras exclusivas que prometem impulsionar o futuro da aquicultura no Brasil.

Novidades que prometem transformar a piscicultura

Terpenia Acqua

Um dos grandes destaques será o lançamento do Terpenia Acqua, no dia 03 de setembro, durante o painel “Nutrição e manejo alimentar de tilápias – Soluções e medidas para melhorar a eficiência e a rentabilidade”.

Desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP) em parceria com a Unicamp, a UFSCar e a empresa Terpenia Bioinsumos, o produto foi formulado para ser incorporado à ração dos peixes.
👉 Seu diferencial: além de estimular o crescimento da tilápia, reforça o sistema imunológico, tornando os animais mais resistentes às doenças mais comuns na piscicultura.

Aquacompete – Trilha de Aprendizado

Outro lançamento inovador será o Aquacompete, uma trilha de aprendizado com três cursos voltados para extensionistas, técnicos da indústria aquícola e profissionais ligados a empresas exportadoras.

O objetivo é simples e estratégico: aumentar a competitividade do setor e ajudar produtores a acessarem mercados cada vez mais exigentes.
O primeiro curso, “Aquicultura Competitiva e Mercado Externo”, já está disponível. Os próximos serão lançados até dezembro no e-Campo da Embrapa.

Como explica Renata Melon, veterinária da Embrapa Pesca e Aquicultura:

“Nesta primeira etapa, discutimos os fatores de competitividade, a importância de arranjos produtivos e as tendências do mercado mundial. Nos próximos cursos, avançaremos para protocolos de autocontrole e integração entre os elos da cadeia”.

Tendências da Aquicultura no Brasil

Durante o evento, será apresentado o estudo “Tendências da Aquicultura no Brasil – um levantamento participativo”, que aponta caminhos para o setor nos próximos dez anos.

Com base em entrevistas, oficinas e questionários aplicados entre junho e novembro de 2023, o levantamento reuniu 89 especialistas de universidades, instituições de pesquisa, setor produtivo e órgãos governamentais.
Os pilares destacados são claros: sustentabilidade, inovação e fortalecimento da cadeia produtiva.

Sistema de Bioflocos (BFT)

A Embrapa também mostrará no estande o Sistema de Bioflocos (BFT), tecnologia que reutiliza a água e melhora a qualidade do cultivo por meio de comunidades microbianas.

✅ Vantagens:

  • Reduz a necessidade de renovação da água;

  • Gera biomassa microbiana que serve de alimento complementar aos peixes;

  • Contribui para a prevenção de doenças e tratamento de resíduos;

  • É ambientalmente sustentável e diminui os custos com ração.

Um Dia de Campo sobre Bioflocos será realizado no dia 04 de setembro, na Itaipu Binacional.

Plataforma AquaPlus

Outro destaque será a apresentação da Plataforma AquaPlus, desenvolvida pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF).

Trata-se de um conjunto de soluções práticas e inovadoras para o manejo e melhoramento genético de espécies aquícolas – entre elas o camarão cinza (Litopenaeus vannamei).

A plataforma utiliza análises in silico (realizadas no computador) a partir de amostras testadas, oferecendo informações personalizadas para produtores que buscam elevar a eficiência da produção.

Palestras imperdíveis

Além das novidades tecnológicas, a Embrapa também participará da programação científica do IFC 2025 com palestras de peso, entre elas:

  • Edição genômica e produção de super machos na piscicultura;

  • Terpenia Acqua – Bioinsumo para saúde e crescimento de tilápias;

  • Ações de apoio às exportações da aquicultura da Embrapa Pesca e Aquicultura;

  • Rede Nacional de Pesquisa e Monitoramento Ambiental da Aquicultura em águas da União.

Haverá ainda o primeiro encontro presencial da Rede de Multiplicadores em Aquicultura.

O IFC 2025 e o futuro da aquicultura

O International Fish Congress & Fish Expo Brasil se consolidou como um dos maiores fóruns de debate da aquicultura e pesca da América Latina. Este ano, além de discutir o papel do pescado como fonte sustentável de proteína, o evento abordará desafios urgentes, como a taxação de 50% sobre as exportações para os Estados Unidos, até então o principal destino da tilápia brasileira.

Com a participação de especialistas, empresas e autoridades nacionais e internacionais, o IFC 2025 será um espaço essencial para identificar oportunidades, superar obstáculos e desenhar o futuro da aquicultura brasileira.


📌 Fonte: Embrapa