Pesquisados do IP. Foto: Instituto de Pesca de São Paulo. |
Os probióticos são micro-organismos vivos que, se administrados em quantidades adequadas, trazem benefício à saúde do animal que os hospeda. “O probiótico tem capacidade de se instalar e proliferar no trato intestinal do animal, trazendo benefícios como, por exemplo, aumento de ganho de peso, redução de colonização de organismos causadores de infecções, maior taxa de fertilização e produção de ovos, dentre outros”, explica a pesquisadora Danielle de Carla Dias, coordenadora do projeto. Por isso, o desenvolvimento desse tipo de produto se torna um aliado importante para os produtores que trabalham com sistemas de cultivo intensivo, onde o risco de doenças pode comprometer todo o estoque de peixes.
Para selecionar a bactéria mais adequada para o desenvolvimento do probiótico, os pesquisadores do IP visitaram e coletaram material em 24 pisciculturas dos Estados de São Paulo, Paraná, Bahia e Pernambuco. “Esse trabalho de coleta está sendo feito há um ano. No campo, nós fazemos uma raspagem do muco da pele da tilápia e retiramos também uma amostra de seu intestino, onde estão concentradas em maior quantidade as bactérias probióticas. Feito isso, nós congelamos esse material, que está conservado em meios de cultura para bactérias, para transportarmos até o laboratório e realizarmos as análises de seleção”, detalha o pesquisador do IP Carlos Ishikawa, que também participa da pesquisa.
A coleta de material biológico em diferentes regiões é fundamental para a pesquisa. De acordo com o pesquisador do IP Leonardo Tachibana, há variações nas características das bactérias dependendo das condições ambientais, como o clima e a qualidade da água. “Por isso é tão importante esse trabalho de coleta em vários pontos. Isso nos dá uma diversidade de material para selecionarmos o probiótico mais adequado.”, conta Tachibana.
Os resultados preliminares da pesquisa têm mostrado um bom potencial para o desenvolvimento do probiótico. “Pretendemos ter o probiótico pronto no início de 2017 para os testes em peixes que vamos realizar. A etapa seguinte será fazer o registro de patente para podermos disponibilizar para o mercado esse produto, que tem potencial de beneficiar diretamente os produtores de tilápia de todo o Brasil.”, explica Danielle.
Para o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, “a pesquisa demonstra o compromisso do Instituto de Pesca em buscar soluções para os problemas enfrentados pelo setor produtivo, cumprindo seu papel para o desenvolvimento do setor da piscicultura”.
Fonte: www.pesca.sp.gov.br.
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