quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Saiba quais são as maiores dificuldades da piscicultura brasileira


O setor de peixe no Brasil deve crescer entre 10% e 12% em volume neste ano. A avaliação é da PeixeBR (Associação Brasileira de Piscicultura). A entidade representativa do setor mantém o otimismo diante do atual cenário econômico, mesmo já tendo revisado suas estimativas que, inicialmente, apontavam para uma expansão de 15% a 17%.

Entretanto, assim como em todos os setores do agronegócio existem custos de produção e gastos operacionais.

Dificuldades


Segundo o secretário executivo da PeixeBR, Francisco Medeiros, “A maior dificuldade hoje e o licenciamento ambiental e a regularização das áreas aquícolas pela União”.

Destacamos a dificuldade de regularização das pisciculturas, o restrito acesso ao sistema de crédito e a falta de capacitação técnica dos produtores. As dificuldades para regularização das pisciculturas estão ligadas à dificuldade de acesso ao crédito, pois as instituições financeiras não concedem crédito a empreendimentos que não possuem licenciamento ambiental.

Há ainda os gastos com as rações que segundo o secretário da Associação afirma ”o maior gasto do piscicultor e com a ração que pode significar de 65 a 75% do custo de produção, dependendo do modelo adotado e tamanho do negocio”.

No âmbito da capacitação técnica, temos, de um lado, um universo imenso de mão de obra familiar e produtores pouco ou nada qualificados e um serviço público de extensão rural sucateado. De outro, um grande contingente de profissionais bem qualificados saindo das universidades e de cursos profissionalizantes, ávidos por uma oportunidade para mostrar suas capacidades. Estabelecer políticas públicas voltadas à integração desses dois universos é um dos caminhos mais promissores para o desenvolvimento da atividade.

Todavia, o brasileiro consome 6,8 kg/ano de peixe, enquanto a média mundial gira em torno de 16 kg/pessoa/ano e a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda como ideal 12 kg/pessoa/ano. A tendência mundial de busca de alimento mais saudável reforça a previsão de que há espaço para o crescimento do consumo, tanto no mercado interno quanto externo, indicando aumento da demanda por peixe nas próximas décadas.

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