Parece uma notícia de um futuro ainda bem distante, contudo, uma startup
sediada na Califórnia, Estados Unidos, promete realizar esse feito ainda neste
ano. Aliás, esse conceito já nasceu há muito tempo atrás, em 1931, Winston
Churchill previu corajosamente que “Devemos escapar do absurdo de crescer um
frango inteiro para comer um peito ou uma asa, cultivando essas partes
separadamente em um meio adequado ...”
A startup BlueNalu nasceu em 2018 com uma
missão otimista, deseja ser a líder global em frutos do mar baseados em cultura
celular. Segundo a empresa, os frutos do mar produzidos diretamente de células
de peixes serão tão deliciosos e nutritivos quanto os produtos que são
cultivados convencionalmente. Além de excelente sabor, a empresa promete
produtos saudáveis, seguros e confiáveis para o consumidor.
BlueNalu é pioneira na categoria “aquicultura celular” em que células
vivas são isoladas do tecido dos peixes e colocadas em meios de cultura para
proliferação. A empresa pretende ofertar os produtos frescos ou congelados.
Como já previu Winston Churchill, o objetivo não é criar um animal completo,
assim, o produto final deve incluir apenas uma parte. Além disso, outra
vantagem da técnica seria o fato de o animal doador das células não ser
sacrificado.
Recentemente a startup recebeu 60 milhões de dólares em financiamento
para que o negócio saia do papel até o final de 2021, produzindo inicialmente o
peixe mahi-mahi (ou dourado-do-mar, como também é conhecido) em quantidade
suficiente para ser encontrado em alguns cardápios de foodservice da
Califórnia. A ideia de o primeiro produto da BlueNalu ser a partir de
dourado-do-mar é justamente porque este ainda não é cultivado pela aquicultura.
A próxima espécie alvo é o atum-rabilho Thunnus thynnus.
A startup espera ainda obter a aprovação do Food and Drug Administration
(FDA), reguladora de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, mas está
otimista com as negociações com o órgão. E você, comeria um mahi-mahi cultivado
com essa técnica?
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