segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Frutos do mar cultivados a partir de cultura celular podem parar no prato dos americanos ainda este ano



Parece uma notícia de um futuro ainda bem distante, contudo, uma startup sediada na Califórnia, Estados Unidos, promete realizar esse feito ainda neste ano. Aliás, esse conceito já nasceu há muito tempo atrás, em 1931, Winston Churchill previu corajosamente que “Devemos escapar do absurdo de crescer um frango inteiro para comer um peito ou uma asa, cultivando essas partes separadamente em um meio adequado ...

A startup BlueNalu nasceu em 2018 com uma missão otimista, deseja ser a líder global em frutos do mar baseados em cultura celular. Segundo a empresa, os frutos do mar produzidos diretamente de células de peixes serão tão deliciosos e nutritivos quanto os produtos que são cultivados convencionalmente. Além de excelente sabor, a empresa promete produtos saudáveis, seguros e confiáveis para o consumidor.

BlueNalu é pioneira na categoria “aquicultura celular” em que células vivas são isoladas do tecido dos peixes e colocadas em meios de cultura para proliferação. A empresa pretende ofertar os produtos frescos ou congelados. Como já previu Winston Churchill, o objetivo não é criar um animal completo, assim, o produto final deve incluir apenas uma parte. Além disso, outra vantagem da técnica seria o fato de o animal doador das células não ser sacrificado.

Recentemente a startup recebeu 60 milhões de dólares em financiamento para que o negócio saia do papel até o final de 2021, produzindo inicialmente o peixe mahi-mahi (ou dourado-do-mar, como também é conhecido) em quantidade suficiente para ser encontrado em alguns cardápios de foodservice da Califórnia. A ideia de o primeiro produto da BlueNalu ser a partir de dourado-do-mar é justamente porque este ainda não é cultivado pela aquicultura. A próxima espécie alvo é o atum-rabilho Thunnus thynnus.

A startup espera ainda obter a aprovação do Food and Drug Administration (FDA), reguladora de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, mas está otimista com as negociações com o órgão. E você, comeria um mahi-mahi cultivado com essa técnica?


Fonte: www.aquaculturebrasil.com - Redigido por Jéssica Brol.

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