Manejo de pirarucu faz número de peixes aumentar em 33% na comunidade Costa do Tapará — Foto: Bruno Kelly/FAS. |
Os moradores da comunidade Costa do Tapará, no Rio Amazonas, em Santarém, no oeste do Pará, têm muito a comemorar. Com o trabalho de manejo, em um ano, a quantidade de pirarucu em dois lagos aumentou em 33%. A contagem foi realizada nos dias 16 e 17 de dezembro.
O procedimento é feito por pescadores certificados e está sendo realizado pela segunda vez. Em 2018, dentro dos lagos Espurus e Laguinho foi contabilizado 380 pirarucus. Já este ano, a quantidade passou para 505, sendo 277 bodecos (peixes jovens) e 228 adultos.
“Foi um resultado bastante rápido na comunidade. Eles iniciaram as conversas em 2015, e a partir de 2016 proibiram a pesca no lago e em 2018 fizeram a primeira contagem. Para esse ano de 2019 eles intensificaram as atividades de manejo, com vigilância”, explicou a bióloga da Sapopema, Poliane Batista.
Além dos vinte pescadores de Costa do Tapará, quatro de Pixuna do Tapará e quatro de Tapará Grande acompanharam a contagem e contribuíram no processo de monitoramento das espécies.
“Eles já são treinados e certificados para a contagem e estavam apoiando o processo e é algo interessante de ressaltar”, destacou Batista sobre a união das comunidades em prol da conservação da espécie no Projeto de Assentamento Agroextrativista.
Contagem
A contagem é um procedimento anual que serve de critério para análise de como tem sido feito o trabalho de monitoramento dos lagos e de que maneira a espécie está se reproduzindo.
Conservar o maior peixe de água doce de escama do mundo tem sido a missão desses moradores de comunidades ribeirinhas no oeste do Pará. Através do monitoramento e fiscalização dos lagos é possível evitar furtos para permitir a procriação livre da espécie que corre risco de extinção.
Os peixes são divididos em duas categorias: Juvenis (menores que 100 centímetros) e adultos (maiores que 100 cm).
Fonte: www.g1.globo.com
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