A região do Vale do Araguaia em Mato Grosso irá receber R$ 900 mil para fomentar a cadeia produtiva do Pirarucu. O montante será investido, por meio do programa Pró-Pirarucu, em capacitação, assistência técnica e abertura de tanques escavados
Cultivo de Pirarucu. Foto: www.sfagro.uol.com.br. |
Mato Grosso (MT) - A liberação de R$ 900 mil para fomentar a cadeia produtiva do Pirarucu na região do Vale do Araguaia foi determinada pelo governador do Mato Grosso no inicio do mês de fevereiro (01/02). O programa envolve os municípios de São Félix do Araguaia, Alto Boa Vista, Novo Santo Antônio, Luciara, Serra Nova Dourada e Canabrava do Norte.
O programa de fomento a cadeia produtiva do Pirarucu tem como intuito difundir tecnologias e práticas de manejo para a criação do peixe em cativeiro e conservação da espécie em seu habitat.
Conforme o Governo de Mato Grosso, após o projeto piloto, Unidades de Referência Tecnológica (URTs) serão instaladas para capacitação de piscicultores, técnicos, formação de mão de obra e divulgação da atividade em todo o Estado.
“O Pirarucu é um peixe nativo do Vale do Araguaia, contudo tem uma pesca esportiva predatória e a quantidade de peixe existente não é suficiente para manter o desenvolvimento econômico da região”, pontua o secretário de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários, Suelme Evangelista Fernandes.
Suelme Fernandes destaca que a alternativa encontrada é a criação da espécie em cativeiro, com a estruturação de dois laboratórios para a captura de alevinos.
“Existe um laboratório que não está completamente estruturado e nós vamos investir R$ 900 mil entre capacitação, assistência técnica e abertura de tanques escavados”, ressalta.
O secretário de Agricultura Familiar observa que a produção de alevinos irá sanar de imediato o problema principal da cadeia produtiva, porém mais adiante será preciso "enfrentar a ausência de um frigorífico porque a carne está saindo in natura, do jeito que é pescada para o mercado no gelo”.
Peixe com chip
O Governo de Mato Grosso afirma que a proposta é totalmente voltada à sustentabilidade ambiental em decorrência à pesca esportiva e à situação de extinção do Pirarucu.
"Cada peixe criado em cativeiro vai ter um chip para identificar a sequência dele para evitar que a fiscalização ache que isso é pesca predatória. Estivemos em Rondônia com a Embrapa conhecendo criação em tanque rede, e técnicos deste governo também foram ao Amazonas para buscar experiências e realizar o projeto", diz Fernandes.
De acordo com o técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), João Vechi, “A ideia do projeto piloto no Araguaia é estruturar uma unidade de reprodução de alevinos já existente na associação dos pequenos produtores Mãe Maria em São Félix do Araguaia por meio de cooperação técnica entre Prefeituras da região, Seaf e Empaer”.
Fonte: www.portaldoagronegocio.com.br.
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