segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Manual orienta manejo com pescado

O manual já está disponível para distribuição na Universidade Federal do Rio Grande.

A indústria da pesca marinha no Brasil acaba de ganhar um aliado de peso. É o manual de tecnologias para o abate, processamento e rastreabilidade do peixe Bijupirá (Rachycentron canadum),  espécie de grande porte que habita áreas costeiras e em alto mar na maioria do litoral brasileiro. A publicação é o resultado de seis anos de intensos estudos conduzidos pela Rede de Pesquisa em Piscicultura Marinha (REPIMAR), criada pelo Governo Federal e com participação ativa da Embrapa.

O manual será distribuído às bibliotecas das universidades de todo o País, por meio do Núcleo de Aquacultura e Biotecnologia Marinha da Universidade Federal do Rio Grande, que editou a obra. A indústria pesqueira e interessados na publicação podem solicitá-la ao professor Luis Henrique da Silva Poersch no seguinte interesse: Rua General Osório, S/N, Centro, Campus Carreiros, Cep. 96200-400, Caixa Postal 474, Rio Grande, Rio Grande do Sul.

Com seis capítulos e 64 páginas, a publicação é um trabalho de fôlego que reuniu cientistas  de norte a sul do País, e foi organizado pelos professores Ronaldo Oliveira Cavalli, da Universidade Federal Rural de Pernambuco; Luis Henrique da Silva poersch, da Universidade Federal de Rio Grande; e da pesquisadora Fabíola Fogaça, da Embrapa Meio-Norte.

No litoral do Piauí, a Embrapa coordenou as ações de sanidade, abate e processamento do Bijupirá. As pesquisas focaram o método do índice de qualidade, que é um protocolo para avaliação do frescor do peixe e determinação da vida de prateleira do produto armazenado em gelo. As pesquisadoras Fabíola Fogaça e Alitiene Lemos conduziram os estudos.

Conhecido como o "Salmão brasileiro", o peixe Bijupirá, também chamado de Beijupirá, Cação-Escamas, Parambijú e Ceixupirá,  é uma espécie que tem crescimento rápido e pode atingir mais de quatro quilos em um ano, tem carne firme e de cor branca, segundo a pesquisadora Fabíola Fogaça. Na China, Taiwan e Vietnã, ele é produzido em larga escala comercial.

No Brasil, produtores de São Paulo, Rio de Janeiro e no Nordeste, trabalham com essa espécie em pequenas fazendas. No entender da pesquisadora, a produção ideal seria em alto mar. No eixo Rio-São Paulo, segundo o professor Ronaldo Oliveira Cavalli, o quilo do Bijupirá varia de R$ 30,00 a R$ 50,00. Os restaurantes japoneses são os maiores compradores dessa espécie.

Fonte: www.embrapa.br.

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