Engenharia de Pesca



Essa página é destinada a esclarece dúvidas sobre o curso de Engenharia de Pesca, bem como, sobre esse profissional. O objetivo principal desta página é informar os futuros estudantes de Engenharia de Pesca e também os empresários do setor aquícola e da pesca sobre esse profissional. 

Aqui você encontrará informações a cerca do que é o curso de Engenharia de Pesca, matriz curricular, mercado de trabalho, salário inicial, áreas de atuação, cenário brasileiro para esse profissional, após formado que caminhos percorrer, etc. 

São esclarecimentos sobre o curso e um pouco da minha experiencia que espero pode ajuda a sanar dúvidas existentes em qualquer estudante no momento em qual deve optar pelo curso que irá seguir profissionalmente. Também pretendo disseminar a importância do Engenheiro de Pesca para o setor aquícola e o de processamento de pescados para o país, pois é este profissional que está habilitado a exerce tais funções, de acordo com a RESOLUÇÃO Nº 279, DE 15 DE JUNHO DE 1983 - Discrimina as atividades profissionais do Engenheiro de Pesca. 

SOBRE A ENGENHARIA DE PESCA

Contaremos um pouco sobre o curso de Engenharia de Pesca, em um breve resumo histórico transcrito e adaptado do livro “A Engenharia de Pesca no Brasil: Trajetória de 40 Anos” escrito pela Profa. Dra. Maria do Carmo Figueredo Soares e pelo Prof. Dr. Fabio Hissa Vieira Hazin, ambos da UFRPE.

Há 45 anos, no dia 13 de julho de 1970, por meio da portaria 12-A/1970, do conselho de Ensino e Pesquisa da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), era criado o primeiro curso de Engenharia de Pesca no Brasil, na verdade, o primeiro da América Latina

Hoje a Engenharia de Pesca apresenta grande importância para a produção de alimentos e para a construção de um ecossistema sadio e equilibrado, contudo, talvez seja ainda maior hoje do que já era há 40 anos. A aquicultura, mais do que nunca, desponta como uma das mais importantes fontes de proteína animal para humanidade, cuja população não para de crescer, enquanto o desenvolvimento de novas tecnologias de pesca, cada vez mais seletivas e menos impactantes para os ecossistemas aquáticos, assume uma importância sem precedentes. O avanço das técnicas de avaliação de estoques e de manejo pesqueiro, por sua vez, ganha uma relevância proporcional às dezenas de milhões de pescadores e pescadoras em todo mundo, cuja sobrevivência depende da nossa capacidade de assegurar a sustentabilidade da atividade pesqueira, a conservação dos estoques e a proteção dos ecossistemas aquáticos.

Primeiramente o curso de Engenharia de Pesca da UFRPE foi idealizado pelo professor Adierson Erasmo de Azevedo, sendo criado de forma pioneira no País. 

Levando em consideração o contexto histórico em que surgi a Engenharia de Pesca durante a década de 1970, em meio ao momento em que o Governo Federal lançava o Decreto Lei nº 221, de 28 de fevereiro de 1967, determinando a reorganização e a regulamentação das atividades das Colônias de Pescadores, Federações e Confederações Geral dos Pescadores do Brasil, bem como os Incentivos Fiscais e Financeiros para o desenvolvimento da pesca brasileira. Para que esse desenvolvimento fosse possível, foi necessária a participação das universidades na preparação de mão de obra especializada para o setor pesqueiro, o que de fato veio a acontecer.  

Em 1970 foi proposto ao Conselho de Ensino e Pesquisa da UFRPE a criação de onze novos cursos para o inicio a partir de 1971, entretanto por meio de Resolução Nº 12-A, de 13/7/1970, foi aprovada a criação de cinco novos cursos, que são ratificados pelo Conselho Federal de Educação, Brasília, DF. São eles, o curso de Engenharia de Pesca, Zootecnia, Biologia (Bacharelado), Ciências Domésticas (Bacharelado) e Ciências Agrícolas (Licenciatura). 

Dentre os cursos criados na UFRPE em 1970, a Engenharia de Pesca foi pioneira na América Latina. E em 1971 o curso foi criado na Universidade Federal do Ceara (UFC), onde por muito tempo o curso de Engenharia de Pesca se restringia apenas a esses dois Estados.  A partir da formatura dos primeiros profissionais, que ocorreu na UFRPE em 1974, os engenheiros de pesca começaram a atuar em varias regiões do País.

A partir de 1976, o curso de Engenharia de Pesca foi reconhecido por meio do Decreto Lei 78.464, de 22 de novembro de 1976, fruto da organização e mobilização dos Engenheiros de Pesca, motivados pelo desejo de desenvolver a profissão.

Saiba mais sobre esse maravilhoso curso no vídeo abaixo de uma matéria especial feita pelo Globo Universidade.




Globo Universidade - Engenharia de Pesca

O programa Globo Universidade que foi ao ar no dia 16 de março de 2013, trouxe um pouco sobre esse grandioso curso que é a Engenharia de Pesca.


O programa apresentado pela Sandra Annenberg foi até a UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) para demostra algumas das áreas de atuação do profissional Engenheiro de Pesca, destacando o dia a dia desse profissional. Já são 45 anos de existência do curso no Brasil, sendo a UFRPE a pioneira, e cada vez mais esse profissional é requisitado para a produção de pescados com certificação e segurança alimentar, ofertando ao consumidor produtos de alto teor proteico, e a cima de tudo, saboroso.


Fonte: www.redeglobo.globo.com.

DEFINIÇÃO E ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO DE PESCA

O trabalho do engenheiro de pesca tem foco na produção e processamento de organismos aquáticos, como peixes, crustáceos e moluscos. Ele atua nas etapas de criação, reprodução, captura e processamento dos alimentos retirados das águas. Ainda são suas atribuições a pesquisa para novas tecnologias criadoras, transporte e industrialização de produtos do mar; estudo de técnicas de localização de cardumes e análise do potencial pesqueiro de cada região; além do projeto de criadouros de frutos do mar e de água doce. 

O engenheiro de pesca deve analisar formas viáveis e ecologicamente corretas de exploração, embarcar para realizar o acompanhamento do processo de captura, realizar o controle sanitário do pescado – através da inspeção da qualidade e conservação – e prestar consultoria a empresas de pesca e comunidades de pescadores, visando aumentar a produção. 

Na área de administração e economia pesqueira, o graduado pode planejar e atuar na implantação e gerenciamento de empresas pesqueiras. 

Na aquicultura, o profissional pode promover a maximização e manutenção de cultivos dos mais diversos organismos, marinhos ou de água doce, quer sejam peixes, crustáceos, moluscos, algas e até rãs, aplicando métodos eficientes de criação e reprodução e propondo melhorias para suas instalações. 

Em microbiologia do pescado e ambiental pode trabalhar em laboratórios destinados ao controle microbiológico do pescado e do ambiente. 

Em tecnologia do pescado, pode trabalhar em indústrias pesqueiras atuando na conservação, beneficiamento e industrialização de produtos. 

Em biotecnologia, desenvolver técnicas utilizando organismos vivos ou partes destes, descobrindo novas moléculas com atividades biológicas para fins biomédicos. Além disso, atua no estudo e conservação dos diversos ecossistemas aquáticos: ambientes de água doce, estuarinos e marinhos, visando à exploração sustentável dos mesmos.

Fonte: www.ufc.br.


De acordo com RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973, ficam designadas as seguintes atividades competentes ao Engenheiro de Pesca:


  • Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica;
  • Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação;
  • Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica;
  • Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria;
  • Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico;
  • Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
  • Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica;
  • Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão;
  • Atividade 09 - Elaboração de orçamento;
  • Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade;
  • Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico;
  • Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico;
  • Atividade 13 - Produção técnica e especializada;
  • Atividade 14 - Condução de trabalho técnico;
  • Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
  • Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo;
  • Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento e instalação;
  • Atividade 18 - Execução de desenho técnico.

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 - (AQUI).

RESOLUÇÃO Nº 279, DE 15 DE JUNHO DE 1983 - (AQUI) - Discrimina as atividades profissionais do Engenheiro de Pesca.

RESOLUÇÃO Nº 232, DE 18 SETEMBRO DE 1975 (AQUI) - Dispõe sobre a composição dos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. 

MATRIZ CURRICULAR


O curso possui uma forte formação biológica, estudando amplamente os organismos aquáticos, principalmente aqueles de interesse econômico. O engenheiro de pesca é um profissional generalista, com sólidos conhecimentos científicos e tecnológicos. Ainda integram a formação desse profissional conhecimentos na área de exatas, como Álgebra Linear e Geometria Analítica. 

Os estudos se iniciam por disciplinas introdutórias básicas como Cálculo, Física, Química, Biologia e Álgebra. Ao decorrer da graduação, o aluno entra em contato com Meteorologia e Climatologia Agrícolas, Economia Pesqueira, Tecnologia Pesqueira, Biologia Aquática, Máquinas e Motores Marítimos, algumas das disciplinas que compõem a integralização curricular do curso. Nas suas pesquisas, conhecimentos acerca de aspectos biológicos, químicos e físicos dos ambientes ecológicos e construções para aquicultura; além de técnicas de navegação. Dentre as possíveis Pós-Graduações na área estão Aquicultura, Ecologia Aquática, Extensão Pesqueira, Oceanografia, Técnicas de Pesca, entre outras.

QUANTO TEMPO DE CURSO?


A modalidade do curso é Bacharelado, com no minimo de 4 anos e 6 meses a 5 anos (dependendo da Instituição).

ONDE POSSO ENCONTRAR O CURSO?

Estamos literalmente PESCANDO o Brasil, atualmente somos 21 cursos distribuídos em 16 Estados brasileiros, segundo dados da Federação das Associações dos Engenheiros de Pesca do Brasil - FAEP-BR, mantendo um ritmo constante de crescimento de nossa área de atuação e consolidação da profissão. 
Observação: Tenho conhecimento de que a outros curso de Engenharia de Pesca, além desses 21 cursos listados, quando eu tive os dados sobre vagas e as instituições que estão ofertando o cursos, irei atualizar a lista.

SALÁRIO INICIAL


  • Ganho inicial (média mensal) - R$ 2 mil;
  • Ganho escalão intermediário (média mensal) - R$ 3 mil;
  • Ganho no auge (média mensal) - R$ 5 mil.

EXIGÊNCIAS PARA ATUAR NA PROFISSÃO


  • Ter diploma de graduação em Engenharia de Pesca.
  • Estar registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea).
Para os profissionais do estado do Pará, existe um Manual de Procedimentos para a Fiscalização do Exercício da Atividade Profissional do Engenheiro de Pesca no Estado do Pará - Faça download do documento >>> AQUI.

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