segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Unifap desenvolve pesquisa com peixes em busca de medicamentos

Exemplares de zebrafish. Foto: www.mpg.de.
Pesquisadores e alunos da Universidade Federal do Amapá (Unifap) realizam estudos e pesquisas com peixes asiáticos na busca de desenvolver medicamentos para doenças inflamatórias e depressão e ansiedade. O estudo é realizado no minilaboratório implantado pela Rede Amazônica de Pesquisa em Biofármacos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e intitulado “Plataforma Zebrafish”.

O laboratório teve um investimento de R$ 800 mil reais e recebeu o nome em alusão à espécie de peixe zebrafish, conhecido também por peixe paulistinha, de origem asiática e se tornou item de compra comum para donos de aquários, devido suas cores e listras. A Universidade é a primeira do norte do país a usar desses recursos, trazendo consigo oportunidades de desenvolver novos medicamentos.

De acordo com José Carlos Tavares, coordenador de pesquisa, cada peixe certificado custa em média R$ 4,00 reais e vem do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. As reações e patologias são estudadas a partir da injeção de substâncias no organismo do peixe que possui um metabolismo mais acelerado que um roedor e apresentando uma semelhança maior em comparação com o organismo humano.

“A zebrafish é considerada uma ferramenta promissora para analisar candidatos a medicamentos. Esse tipo de peixe é utilizado devido a sua grande aproximação com o ser humano, em termos genéticos, na qual podemos induzir certas doenças humanas, justamente para estudar novos medicamentos e novos mecanismos de doenças”, explicou o professor.

A pesquisa conta com a participação de acadêmicos das áreas da saúde e aproximadamente vinte graduandos de mestrados e doutorados da federal do Amapá.

“Envolve recursos para quatro instituições: Universidade Federal do Amapá, as federais do Acre, Amazonas e Pará. É um recurso na faixa de R$ 1 milhão e 200 mil. Para o Amapá, o recurso foi em torno de R$ 800 mil, envolvendo a coordenação da rede e compra de equipamentos”, finalizou Tavares.

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