No dia 28 de setembro de 2015 aconteceu a videoconferência de lançamento do livro “Rio Madeira – Seus peixes e sua pesca”, organizado pelas pesquisadoras doutora Carolina Doria, docente do Departamento de Biologia da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), e pela mestre Maria Alice Leite Lima, ambas pesquisadoras Laboratório de Ictiologia e Pesca (LIP) da UNIR.
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Resumo do livro: a pesca na bacia do Rio Madeira, assim como em outras regiões da Amazônia, é uma atividade econômica estreitamente ligada à dinâmica do ambiente e ao modo de vida das populações ribeirinhas. Conhecer essa dinâmica e suas peculiaridades é crucial para gerar estratégias de conservação do recurso explorado, bem como para a sustentabilidade da atividade. É nesse sentido que os pesquisadores do Laboratório de Ictiologia e Pesca (LIP), da UNIR, vêm concentrando esforços.
A obra é resultado da parceria com a Santo Antônio Energia, Fundação Rio Madeira e IEPAGRO e tem por objetivo principal apresentar à sociedade informações gerais sobre o Rio Madeira, a atividade pesqueira desenvolvida na região e sua importância socioeconômica. O livro ressalta a realidade vivida pelos pescadores e ribeirinhos do Madeira antes da construção do complexo hidrelétrico na região, constituindo importante referencial diante das mudanças que poderão ocorrer na região.
Fonte: revistapesca.com.br
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Prefácio do livro
O presente livro é de leitura leve e agradável, orientado tanto para o público acadêmico como para leigos que tenham interesse mais amplo sobre um assunto tão fascinante quanto os peixes e as pescarias amazônicas.
Os jovens pesquisadores do Laboratório de Ictiologia e Pesca da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) que o escreveram, sob a segura orientação e liderança da Dra. Carolina Doria, merecem todos os elogios pela empreitada, uma vez que trabalhar de sol a sol ou debaixo de chuva na região é tarefa árdua, cansativa e às vezes perigosa, pois é difícil lidar com as corredeiras do rio Madeira, notadamente a do Teotônio, agora afogada pela barragem de Santo Antônio. Mas o entusiasmo exibido pelo dedicado grupo de pesquisa compensou todas essas agruras.
O livro tem oito capítulos, todos muito bem escritos, que compreendem o trecho do rio Madeira entre Costa Marques e Humaitá (cerca de 1000 km), descrevendo os peixes e as pescarias em seus diferentes habitats, como o próprio canal do rio, remansos, corredeiras, boca e canais de várzea e os próprios lagos. Essas pescarias são complexas, multiespecíficas, multiaparelhos, sazonais, como em toda a Amazônia, com algumas dezenas de espécies-alvo, num total estimado ao redor de mil.
O foco deste livro é a sustentabilidade, pois a pesca na Amazônia é a principal fonte de proteína para as populações ribeirinhas, cujo consumo é comparativamente altíssimo em nível mundial, chegando a 500 g/dia em algumas áreas, o que junto com a farinha lhes assegura uma dieta muito adequada. Com exceção nas grandes cheias, quando é difícil capturar os peixes, a oferta de pescado é abundante ao longo do ano e, por isso, nos vales dos grandes rios amazônicos não há fome, os rios não deixam.
Oxalá essa situação persista por muitas gerações, que a Amazônia continue a ser motivo de preocupação e orgulho para nós brasileiros que ansiamos por sua prosperidade humana, aliada a uma política de preservação honesta e responsável.
Por: Dr. Miguel Petrere Jr.
UFSCar – PPG em Diversidade Biológica e Conservação.
UNISANTA – PPG em Sustentabilidade de Ecossistemas Costeiros e Marinhos.
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