domingo, 25 de março de 2018

Alternativas mais baratas de rações para camarão

Pesquisadores do Labomar produziram ração de origem vegetal, reduzindo custos para fabricantes do alimento e produtores

Laboratório trabalha com diferentes tipos de criação de camarão para desenvolvimento de rações (Foto: Jr. Panela/UFC).
Produtores e pesquisadores do ramo da carcinicultura sabem que uma ração adequada para a criação de camarões pode fazer toda a diferença. O problema é que essa alimentação é uma das maiores despesas operacionais, podendo corresponder à faixa de 50% a 70% dos custos. Por isso, o Centro de Estudos Ambientais Costeiros (CEAC), do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará, tem trabalhado para criar alternativas de rações mais baratas com a mesma eficiência das convencionais.

Uma das recentes pesquisas do centro resultou em uma ração para camarões feita quase totalmente de ingredientes de origem vegetal encontrados no Brasil. O produto é menos custoso, tanto para o fabricante do alimento quanto para o criador que o compra, justamente por abrir mão da maior parte dos componentes de origem animal marinha, responsáveis por encarecê-lo.

A produção de rações hoje é feita, em grande parte, com uso da farinha de peixe e de outros ingredientes oriundos da atividade pesqueira. Há, portanto, um paradoxo nessa lógica, já que se trata da captura de um peixe que, ao invés de ser utilizado para consumo humano, é empregado para produzir material destinado a alimentar outro animal, o que resulta no aumento de custos.

Segundo o Prof. Alberto Nunes, coordenador do Laboratório de Nutrição de Organismos Aquáticos (Lanoa), outro problema é que a produção da farinha de peixe tem sido incapaz de acompanhar o crescimento da aquicultura (cultivo de organismos aquáticos em ambientes controlados), responsável pela aquisição de cerca de 80% de toda a farinha produzida em nível global.

“Precisamos buscar soluções para esse problema, porque há uma dependência muito grande da carcinicultura (em relação àquele produto), que se dá pelo fato de o ingrediente advindo do peixe ter todos os nutrientes de que o camarão precisa”, explica Alberto Nunes.

A ração vegetariana surgiu da tese de doutorado de Hassan Sabry Neto, defendida em fevereiro de 2015 no Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais, no Labomar. O trabalho teve como título Valor nutricional de flocos microbianos e rações vegetais para o desempenho zootécnico do camarão-branco, Litopenaeus vannamei.


Com eficiência semelhante à dos alimentos comumente utilizados pela indústria, a ração sem componentes de origem animal tem a vantagem de ser mais barata e contar com ingredientes que são subprodutos da soja – algo vantajoso para o Brasil, um dos maiores produtores de soja do mundo.

A diferença está na coloração da ração (mais branca) e na ausência de alguns nutrientes encontrados apenas em materiais de origem animal. Esse problema da deficiência nutricional, porém, também foi resolvido pelos pesquisadores, a partir da inclusão de aditivos que suprem essa falta e tornam o alimento mais palatável para o animal, sem representar acréscimo de custos por já serem utilizados na criação dos camarões.

LABORATÓRIO


O Lanoa, inserido no âmbito do CEAC, trabalha com a perspectiva de compreender as necessidades nutricionais do camarão para que ele tenha um melhor desenvolvimento. Para tanto, conta com 304 tanques, dispostos em 6 diferentes sistemas de cultivo, variando de 60 a 23 mil litros.

Esses sistemas de cultivo são divididos pelas necessidades de cada pesquisa, com critérios baseados no tipo de ração a ser produzida. “Se quisermos uma resposta no desempenho de crescimento dos camarões mais próxima da que se alcança em uma fazenda comercial, fazemos a pesquisa em área aberta. Se quisermos algo mais controlado, usamos o galpão interno, por exemplo”, explica o Prof. Alberto.

Os animais são adquiridos pelo laboratório ainda em estado de pós-larva e criados durante 50 dias, quando chegam ao tamanho “juvenil”. A partir daí, com o camarão pesando aproximadamente 1 grama, as pesquisas são iniciadas: eles são transferidos para os tanques e alimentados durante 10 semanas, para depois serem pesados e avaliados. É dessa forma que os pesquisadores conseguem diferenciar a atuação das rações, ingredientes e aditivos.

Hoje, o Lanoa é considerado uma referência nas Américas. “O Nordeste é uma região importante para criação de camarões, pois produzimos cerca de 60 mil toneladas por ano. Ainda que seja um número baixo quando comparado aos grandes produtores da Ásia, para o Brasil isso é importante, porque não precisamos importar camarão para atender à demanda interna”, ressalta Alberto.

Além da pesquisa com a ração de origem vegetal, o laboratório também tem estudos recentes sobre atrativos palatabilizantes (para melhorar o gosto da comida para o animal), uso de adubos vegetais para aumentar naturalmente a produção de alimentos na água, alimentação nas fases iniciais do camarão para induzir melhor desenvolvimento e produção em condições extremas de densidade populacional do animal.

Fonte: Prof. Alberto Nunes, coordenador do Lanoa – fone: 3229 8718 / e-mail: alberto.nunes@ufc.br.

Site de onde foi retirada a notícia: www.agencia.ufc.br.

Pesquisa recupera coleção de crustáceos do Labomar

A Coleção Carcinológica do Prof. José Fausto Filho tinha exemplares únicos de crustáceos dados como perdidos, que foram recuperados pelo estudo

Um dos exemplares recuperados foi o Achelous spinimanus, conhecido popularmente como siri (Foto: Ribamar Neto/UFC).
Tocar ou pelo menos ver de perto holótipos do caranguejo-ermitão Pagurus limatulus ou do camarão Palaemon paivai é o sonho de muitos pesquisadores de crustáceos. Na biologia, um holótipo é o exemplar ou fragmento único usado para a descrição e identificação científica de uma espécie.

Os dois mencionados são alguns dos exemplares dados como perdidos e reencontrados graças à pesquisa Recuperação da Coleção Carcinológica do Labomar, desenvolvida pela bolsista de iniciação acadêmica Vitória Régia Gonçalves de Sousa, sob orientação do Prof. Luís Ernesto Arruda Bezerra, que assumiu a curadoria da coleção em 2016.

Os espécimes têm valor ainda maior porque foram identificados para a ciência pelo Prof. José Fausto Filho (1935-2017), pesquisador cearense que criou a coleção e hoje é referência mundial na área da carcinologia, o estudo dos crustáceos.

Com o trabalho de resgate do acervo, também foram localizados os holótipos do camarão Brachycarpus holthuisi e do siri Callinectes affinis, assim como o parátipo da tamarutaca, ou lacraia-do-mar, Neogonodactylus moraisi. Parátipo é o espécime que pertence ao mesmo lote de um holótipo, mas que não foi o exemplar escolhido pelo pesquisador para fazer a descrição.

Além de resgatar esses holótipos e parátipos, o estudo também localizou na coleção amostras de espécies já conhecidas pela ciência, mas que não são mais encontradas no litoral cearense.

A Coleção Carcinológica é um importante registro de biodiversidade do Ceará e de boa parte do Nordeste brasileiro. “É um resgate da fauna de crustáceo do nosso litoral. Ela possibilita, por exemplo, entender como era essa fauna há 50 anos e comparar a situação com o que se tem hoje”, explica o Prof. Luís Ernesto.

Como amostra de transformações ocorridas na fauna do litoral cearense, ele aponta o exemplar do enorme caranguejo Cardisoma guanhumi, que, na década de 1970, era comum na região do rio Ceará. Atualmente, não é mais possível encontrar um caranguejo com tamanho semelhante naquela região.

Outro exemplar que evidencia as transformações é o do camarão Palaemon paivai, coletado na praia do Meireles pelo Prof. Fausto e não mais presente ali. Luís Ernesto explica que fatores como pesca predatória, poluição e ocupações irregulares das margens do rio e da faixa do litoral contribuíram para essas perdas.

Para Vitória, “coleções são importantes para a conservação da biodiversidade, registrando de certa forma a história da vida de determinado ecossistema. Resgatar a coleção é um jeito de dar continuidade e sentido ao trabalho de anos do Prof. Fausto Filho”, diz.

RESGATE
Quando se aposentou na década de 1980, o Prof. Fausto Filho deixou a coleção com 704 lotes de crustáceos catalogados. Sem curadoria por mais de 30 anos, o acervo sofreu perdas, reconhece o Prof. Luís Ernesto.

O pesquisador conta que a pesquisa Recuperação da Coleção Carcinológica do Labomar ocorreu em dois momentos. No primeiro período – abril a dezembro de 2016 –, a bolsista foi orientada a fazer o levantamento geral do material. Separou os exemplares bons dos estragados, limpou e trocou recipientes. Simultaneamente, passou as informações das fichas de tombamento manuscritas pelo Prof. Fausto para o Livro de Tombo, recém-criado.

No segundo período – de abril a dezembro de 2017 –, os dados da coleção foram digitalizados para tornar as informações acessíveis aos pesquisadores do Brasil e do exterior. A coleção atualmente  possui 31 famílias de crustáceos distribuídas em 281 lotes, dos 704 deixados pelo Prof. Fausto Filho, devidamente identificados e registrados no Livro de Tombo. Foram perdidos ou danificados 423. Mesmo o que foi perdido permanece registrado; caso a espécie desapareça da natureza, os estudiosos saberão que ela existiu.

Por Carmina Dias, para a Agência UFC

Fonte: Prof. Luís Ernesto Arruda Bezerra – e-mails: luis.ernesto@ufc.br/luiseab@gmail.com

Notícia retirada do site: www.agencia.ufc.br.

Feira do Empreendedor 2018



O Sebrae no Pará traz a você mais uma edição da Feira do Empreendedor, evento este que ocorre em vários estados do Brasil. O evento que tem como objetivo  fomentar a criação de um ambiente favorável para a geração de oportunidades de negócio. Ela estimula o surgimento, a ampliação e a diversificação de empreendimentos sustentáveis, além de difundir o empreendedorismo como um estilo de vida.

Feira do Empreendedor 2018
Data: 16 a 19 de maio de 2018
Horários:
      9h às 22h – Capacitações
      14h às 22h – Pavilhão de Feiras

Local: Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Av. Dr. Freitas, s/n – Marco. Belém - PA

Entrada Franca. Evento proibido para menores de 16 anos.


Faça logo sua inscrição gratuitamente: AQUI.


quarta-feira, 21 de março de 2018

Agricultores participam de curso em Cruz Alta no RS




Como o objetivo principal do blogspot é demostrar casos que ajudem o produtor rural a seguir da melhor forma sua atividade, seja ela na aquicultura ou em outro ramo, achamos importante a divulgação de reportagens que sirvam de exemplo positivo. Nesse vídeo é importante observar a necessidade de está se atualizando, deixando de lado antigos conceitos e pré conceitos, voltando a sentar em uma sala de aula para aprender e compartilhar experiencias com os demais amigos produtores e profissionais, buscando assim, novas ideias, tecnologias, atualização, etc. É isso que fará a diferença do seu negócio, e com certeza irá agregar mais valor ao seu produto  e garantirá o sucesso do empreendimento.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Mudanças Climáticas: estudo estima que rendimentos da pesca podem ser dramaticamente reduzidos

Até 2300, as mudanças climáticas podem fazer com que os rendimentos das pescarias diminuam em até 20% em todo o mundo, e em até 60% no Atlântico Norte, sugere um novo estudo de modelagem. O estudo atribui principalmente esse declínio à falta de mistura oceânica, de modo que os nutrientes afundem no oceano profundo em vez de permanecerem na superfície do oceano. Tais alterações na mistura do oceano acabariam por diminuir as populações de peixes perto da superfície, dizem os autores.



Os modelos de mudança climática estimam consistentemente que as pescarias diminuirão até o final deste século, mas poucos esforços para explorar quais mudanças podem ocorrer além de 2100. Aqui, J. Keith Moore e colegas usaram modelagem para explorar os efeitos das mudanças climáticas nas pescarias sob um cenário de “business-as-usual”, pelo qual as emissões de carbono continuam aceleradas, no mesmo nível que estão agora.

O Oceano Austral atualmente experimenta a mistura entre o fundo e as camadas oceânicas superiores, fornecendo uma quantidade tão importante de nutrientes para a superfície que uma abundância flui para outros oceanos. No entanto, simulações de Moore e colaboradores (2008) sugerem que uma combinação de ventos em mudança e camadas oceânicas superiores mais quentes, além de uma mudança de emergência de nutrientes no Antártico, causará uma porção aumentada de nutrientes para afundar na camada mais profunda do oceano, ficando acumulado por lá (por exemplo, o valor de fosfato sendo substituído será reduzido em 41%, segundo as estimativas do modelo).

Isso reduzirá a entrega de nutrientes para outras áreas oceânicas, observam. Enquanto o aquecimento e a estratificação do oceano aumentarão globalmente, a mistura profunda no Atlântico Norte será particularmente reduzida, acham os autores. Eles observam que os efeitos a longo prazo dessas mudanças significam que a pesca será reduzida por mil anos ou mais. Charlotte Laufkötter e Nicolas Gruber discutem esse estudo em uma perspectiva relacionada.

Título: Sustained climate warming drives declining marine biological productivity
Autores: J. Keith Moore1,*, Weiwei Fu1,*, Francois Primeau1, Gregory L. Britten1, Keith Lindsay2, Matthew Long2, Scott C. Doney3, Natalie Mahowald4, Forrest Hoffman5, James T. Randerson1

Science 09 Mar 2018:
Vol. 359, Issue 6380, pp. 1139-1143
DOI: 10.1126/science.aao6379


* Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate.

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 09/03/2018


quinta-feira, 8 de março de 2018

Palestras - Degradação e conservação das pescarias da Amazônia



Data: 14/03/2018 
Horário: 09:00 h
Local: MAT 05 (ICB UFPA)
Palestrante: Leandro Castello (Department of Fish & Wildlife Conservation, Virginia Polytechnic Institute and State University, Blacksburg, Virginia, USA)

"Os recursos pesqueiros da bacia amazônica são diversos e valiosos. Muitas espécies de peixes aproveitam a sazonalidade das águas do rio para migrar lateralmente de lagos e canais de rios para os hábitat vegetados das planícies de inundação. As boas condições dos habitats da planície de inundação como locais de alimentação e berçário contribuem para o incremento da biomassa dos peixes e permitem que os ribeirinhos mantenham dentre as maiores taxas de consumo de peixe per capita do mundo. No entanto, as pescarias da Amazônia estão sofrendo vários impactos humanos crescentes e adversos. A perda de habitat crítico para os peixes, devido ao desmatamento das planícies de inundação afeta os rendimentos da pesca artesanal multiespecífica que ali se realiza. Um perda de um por cento da floresta causaum declínio de cinco por cento no rendimento das pescarias. As inundações e as secas do ciclo hidrológico do rio aumentam e diminuem, respectivamente, a quantidade de biomassa de peixe disponível para a captura. Por tanto, alterações hidrológicas do rio devido ao desmatamento, construção de barragens e mudanças climáticas podem também diminuir os rendimentos pesqueiros. A dependência da produção de pescado da conservação dos habitats de planície de inundação e da integridade hidrologia do rio foi investigada em detalhes para Arapaima sp, o pirarucu. Esta espécie sustenta uma das pescarias mais antigas da bacia. Arapaima tem sido historicamente intensamente capturada e por isso está extinta em algumas regiões devido à falta de cumprimento das regulamentações de gestão existentes. O comportamento da espécie que apresenta respiração aérea obrigatória permitiu que os pescadores especialistas na sua captura pudessem realizar contagens e assim determinarem cotas de pesca "sustentáveis". A eficácia da gestão do pirarucu com base nas contagens tem levado a centenas de comunidades de pescadores a se envolverem na gestão baseada na comunidade de recursos de peixes. Embora a gestão comunitária das pesca possa reduzir a sobreexplotação de alguns táxons, os impactos nas pescarias causados por mudanças na hidrologia dos rios e pela perda de habitat das planícies de inundação permanecem ainda sem solução." (por Leandro Castello)

terça-feira, 6 de março de 2018

Técnicos da SEAP articulam instituições para acelerar liberação de águas públicas para piscicultura

Técnicos da SEAP articulam instituições para acelerar liberação de águas públicas para piscicultura. Foto: http://seafoodbrasil.com.br.

Apesar da indefinição que ronda a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap), cujo regimento ainda não foi publicado, a equipe da atual Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP) tenta acelerar alguns processos que atrapalham o desenvolvimento do setor. A cessão de águas públicas para a aquicultura é uma das principais reivindicações na esfera privada.

Segundo levantamento feito pela PeixeBR, se toda a capacidade de suporte dos reservatórios sob domínio da União autorizada pela Agência Nacional de Águas (ANA) for utilizada, o Brasil pode chegar a produzir 3.872.690,43 de toneladas de pescado. Isso não leva em conta os lagos de hidrelétricas estaduais.

No entanto, o País ainda está muito aquém deste potencial. Por este motivo, a liberação das cessões é alvo de um trabalho intenso da coordenadora de aquicultura da secretaria, Juliana Lopes. Atualmente, são 2800 processos em diferentes fases de análise na SAP. “Tem processos prontos para licitar, outros já com área cedida, outros em diferentes estágios ou órgãos. Apesar do contingente bem reduzido, estamos fazendo uma força-tarefa para reduzir o passivo.”

Lopes é a única técnica em aquicultura da equipe, que conta com mais três consultores da FAO (mais sete serão contratados em breve), um técnico em geoprocessamento e mais 4 pessoas para auxiliar nos trâmites com os outros órgãos – “o que leva mais tempo.” Além da análise técnica da SAP, o processo passa pela Agência Nacional de Águas (ANA), Marinha, órgãos ambientais estaduais e a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e suas superintendências, para depois ter sua licitação liberada.

Hoje o processo é on-line, mas parte dos 2800 processos foi iniciada durante o extinto MPA e está em papel. “Nossa equipe tem de digitalizar tudo para passar a outros órgãos, como a SPU. A Marinha, no entanto, só recebe em papel. Adequar-se a cada órgão é complicado, apesar da boa conversa que temos com eles.” A mudança constante da pasta, primeiro do MPA para Mapa, depois para o MDIC, atrasou ainda mais a resolução dos pedidos. Dentro do MPA, a cessão de águas públicas tinha uma equipe com 40 pessoas.

Em um esforço para dar celeridade e sanar dúvidas dos órgãos estaduais, Lopes e o diretor do Departamento de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura, João Crescêncio Marinho, têm visitado alguns Estados. Na semana passada, estiveram em São Paulo, onde 38 processos aguardam liberação da Superintendência do Patrimônio da União em São Paulo.

São 33 mil toneladas de produção que aguardam liberação, conforme a equipe da SAP explicou aos técnicos da SPU em reunião na segunda-feira (19/02). No encontro, Lopes fez um histórico dos pedidos e apresentou 38 processos de áreas aquícolas a pessoas físicas e jurídicas, que só seguirão para a elaboração do edital licitatório após a liberação da SPU local.

A reunião foi concluída com boa receptividade da SPU e a expectativa era a de que estas análises seriam concluídas em até 20 dias, mas mesmo se forem liberadas os processos podem não sair rapidamente. Acontece que a Seap ainda não teve seu decreto de estrutura regimental aprovado e, sem unidade gestora, a atual SAP não pode receber os termos de entrega.

Piscicultura brasileira cresce 8% em 2017 e atinge 697 mil t. País já é o 4º maior produtor mundial de Tilápia


A Tilápia é a mais importante espécie de peixes cultivados do Brasil. Fonte: PEIXE BR.
A Piscicultura brasileira produziu 697 mil toneladas de peixes de cultivo em 2017. Esse resultado é 8% superior ao de 2016 (640.510 t). A informação é da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) e faz parte do Anuário da Piscicultura Brasileira – edição 2018, que acaba de ser publicado.

A Tilápia é a mais importante espécie de peixes cultivados do Brasil. Segundo levantamento inédito da Associação Brasileira da Piscicultura, a espécie representa 51,7% da Piscicultura nacional, com 357.639 toneladas em 2017.

A segunda posição não é de uma espécie em si, mas de uma categoria de peixes: os nativos. De acordo com a pesquisa da PEIXE BR, liderados pelo Tambaqui os nativos representam 43,7% da produção brasileira: 302.235 toneladas.

Outras espécies, entre as quais destacam-se Carpas e Trutas, representam 4,6% da produção brasileira de peixes de cultivo em 2017, com 31.825 toneladas. A pesquisa da PEIXE BR em todo o Brasil mostra, pela primeira vez, os números da Tilápia no país, comprovando sua viabilidade em termos produtivos e como negócio, já que a espécie está presente nos maiores e mais recentes empreendimentos, sobretudo na região Sul/Sudeste.

“A autorização para produção da Tilápia em estados com grande potencial de desenvolvimento da Piscicultura, como Tocantins e Mato Grosso, também mostra que a participação da espécie na Piscicultura brasileira deve crescer ainda mais no futuro”, complementa Francisco Medeiros, presidente executivo da PEIXE BR.

Brasil, 4º maior Produtor de Tilápia

A produção brasileira de Tilápia foi de 357.639 toneladas em 2017, de acordo com levantamento da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR). Esse resultado coloca o Brasil entre os quatro maiores produtores do mundo, atrás de China, Indonésia e Egito.

De acordo com o Relatório Intrafish, respeitada publicação da Noruega, a China lidera o ranking com 1,8 milhão de toneladas de Tilápia por ano. A Indonésia está na segunda posição, com 1,1 milhão/t, e, depois, o Egito, com 800 mil t/ano. Após o Brasil, vêm Filipinas (311,6 mil t) e Tailândia (300 mil t).

O Paraná é o maior produtor de Tilápia do Brasil, com 105.392 toneladas. A espécie participa com 94% da produção total de peixes cultivados do estado. A Tilápia também está presente com força de São Paulo. Nada menos do que 95% da produção do estado – equivalentes a 66.101 t – são de Tilápia.

O terceiro maior produtor de Tilápia do Brasil é Santa Catarina, com 32.930 t (74% do total). Depois vêm Minas Gerais, com 27.579 t (95% do total), e Bahia, com 22.220 t (81% do total). Juntos, os cinco estados maiores produtores de Tilápia do Brasil representam 64,9% da produção nacional.

Paraná é maior produtor de peixes de cultivo do Brasil

Paraná mantém-se na liderança entre os estados produtores de peixes de cultivo, com 112 mil toneladas em 2017. O aumento foi de 19,3% em relação a 2016.

A segunda posição permanece com Rondônia, agora com 77 mil toneladas e crescimento de 2% sobre o resultado de 2016. A terceira posição continua com São Paulo. O estado atingiu a produção de 69.500 toneladas, com elevação de 6,3% sobre o ano anterior. A quarta posição no ranking estadual permanece com Mato Grosso. O estado cresceu 3,5% em 2017, atingindo 62.000 toneladas. Santa Catarina está na 5ª posição, com produção de 44.500 toneladas de peixes cultivados em 2017.

Rondônia lidera produção de peixes nativos

Rondônia e Amazonas (região Norte), Mato Grosso e Goiás (região Centro-Oeste) e Maranhão (região Nordeste) são os maiores produtores de peixes nativos do Brasil. A pesquisa da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) não detalha, em percentual, as espécies nativas mais produzidas, porém a liderança é do Tambaqui, Pirapitinga, Pacu e seus híbridos, principalmente Tambatinga.

Rondônia lidera o ranking, com 100% de sua produção (77 mil t, em 2017) de espécies nativas. Mato Grosso aparece em segundo lugar, com 60.134 t (97% do total). Na sequência, vêm Amazonas, com 100% da produção de peixes nativos (28 mil t), Maranhão, com 90% das 26.500 t, e Pará, com 97,2% da produção total de 20 mil t.

Os cinco estados, juntos, representam 69% da produção total de peixes nativos, lembrando que estas espécies estão mais disseminadas pelo Brasil – especialmente pelas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. De acordo com o levantamento da PEIXE BR, somente no Distrito Federal não há cultivo de peixe nativo.


Fonte: PEIXE BR.

Camarões in natura devem ter certificado sanitário

STJ negou mandado de segurança apresentado por criadores do Piauí, que pediam dispensa na venda para outros Estados



A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu recurso interposto pela União e, por unanimidade, negou mandado de segurança apresentado pela Associação dos Criadores de Camarão do Piauí com objetivo de dispensar a exigência de certificado sanitário no transporte de camarão in natura para beneficiamento em outros estados do país.

Por meio do mandado de segurança, a associação alegou que foi surpreendida ao ser comunicada sobre a necessidade de que qualquer produto ou matéria-prima de origem animal só poderia ser transportada para outras regiões com o certificado emitido pelo Ministério da Agricultura.

Para a associação de criadores, a medida cercearia o livre mercado e incidiria inadequadamente nessa etapa da cadeia produtiva, já que a fiscalização federal só deveria acontecer na fase de beneficiamento, quando o produto é preparado para ser destinado ao consumo humano.

O pedido dos criadores foi acolhido em primeira instância e pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O tribunal entendeu que, desde que transportados e utilizados exclusivamente como matéria-prima, os produtos desse tipo serão objeto de inspeção no estabelecimento beneficiador, sendo desnecessária a exigência de certificação também nos locais de origem.

O relator do recurso especial da União, ministro Sérgio Kukina, destacou que as especificações da Lei 1.283/50 levam à caracterização do camarão in natura como produto animal comestível, estando sujeito à fiscalização sanitária por se enquadrar na categoria de pescado.

De acordo com a mesma legislação, apontou o ministro, a inspeção deve ser feita nos entrepostos de recebimento e distribuição do pescado, os quais são equiparados às fazendas em que os crustáceos são criados.

“Além disso, ao estabelecer que a fiscalização também poderá ser feita na propriedade rural (artigo 3º, f), o diploma legal em tela indica, expressamente, a possibilidade de a atuação do poder de polícia da administração recair no ambiente de origem do produto a ser inspecionado”, afirmou o relator.

No voto que foi acompanhado de forma unânime pelo colegiado, o ministro Kukina também destacou que a associação, ao buscar a dispensa do certificado sanitário, deu primazia aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência em detrimento do direito fundamental da população consumidora à saúde, posicionamento que não poderia ser abonado pelo Judiciário.

“Nesse contexto, enfim, não se vislumbra direito líquido e certo da associação impetrante, capaz de afastar a atuação fiscalizatória estatal, eis que voltada a garantir a higidez sanitária de produto alimentício destinado ao consumo humano, nos termos da Lei 1.283/50”, concluiu o ministro ao negar o pedido da associação.


Pesquisadores descobrem como produzir açúcar com cascas de camarão

Esse novo tipo de açúcar pode ser transformado em álcool, com produção de alto rendimento e baixo custo. Instituições que realizam a pesquisa fizeram o registro de patente internacional

Pesquisadores do Tocantins descobrem que cascas de camarão viram açúcar. Foto: https://g1.globo.com.
Tocantins (TO) - Pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Produtos Naturais da Universidade Federal do Tocantins e do Instituto Federal do Tocantins descobriram que é possível produzir açúcar com cascas de camarão. As instituições deram entrada num pedido de patente internacional.

Esse novo tipo de açúcar pode ser transformado em álcool. Isso é possível porque na casca do camarão existe uma substância chamada quitosana. A descoberta é resultado da dissertação de mestrado do pesquisador em biologia Eber de Souza.

"Estamos trazendo para nossa história como pesquisadores, como academia, como sociedade, uma nova fonte de açúcar, porque as que nós possuíamos anteriormente eram basicamente a partir da cana-de-açúcar. Esse é o primeiro açúcar fermentescível a partir de uma origem animal."

A quitosana é o segundo biopolímero mais abundante do planeta. "Só perde para celulose que é muito conhecida e utilizada em várias áreas pela ciência. No caso do camarão, específico na carapaça dele, existem alguns compostos como minerais e proteínas. Entre estes compostos existe a quitina, que por um processo químico chega até a quitosana. É justamente esse biopolímero muito utilizado na indústria na área farmacêutica, na área médica, na área química. Agora nós conseguimos degradar esse biopolímero até o formato, até o açúcar menor, o fermentescível", explica Souza.

Método
Os pesquisadores trituraram a casca do camarão e fizeram um processo químico para retirar as proteínas e os minerais até que restasse somente a quitosana, que é um pó de cor bege. Junto com essa substância, os professores colocaram mais dois reagentes líquidos que ainda não podem divulgar quais são.

Este processo é todo feito na temperatura ambiente. O primeiro produto transformou a quitosana em gel e o segundo quebrou as moléculas, dando origem ao açúcar fermentescível, que a indústria poderá utilizar de diversas maneiras, inclusive, na produção de biocombustível.

"Através da utilização da inovação, nós adicionamos o reagente à quitosana permeabilizada. Isso fez com que a molécula fosse quebrada e durante o processo de quebra ocorreu a liberação de nitrogênio, que é um ácido não poluente. Essa molécula quebrada formou um açúcar que pode ser convertido então em etanol", diz o pesquisador em química Sergio Ascêncio.


Benefícios
Os pesquisadores apontam que esse método tem uma série de vantagens, como o baixo custo e alto rendimento. Calcularam que enquanto a produção de álcool com uma tonelada de cana-de açúcar é de 80 litros, a produção de uma tonelada de quitosana, pode render 250 litros.

Outro fator que pode baratear os custos do etanol é que a quitosana não tem lignina, presente no bagaço da cana-de-açúcar, um item que torna mais cara a produção de etanol.

"A lignina é o composto da dureza no material que dá resistência. A extração dela ainda é um pouco cara, pensando, no custo do combustível. No nosso processo não existe lignina nesse material. Sem essa etapa, fica muito mais barato, comparado ao etanol de segunda geração", afirma o pesquisador em química Adão Montel.

Neste trabalho os especialistas também concluíram que além do camarão, é possível obter açúcar a partir da quitosana presente em outros crustáceos, como lagostas, caranguejos e insetos, como baratas. Atualmente, no mercado, a quitosana é usada na cicatrização de ferimentos e também como auxílio para perda de peso e em diversas outras áreas da medicina e agricultura.

O resultado dessa pesquisa dos professores da UFT vai ao encontro do interesse mundial pela diversificação de matrizes energéticas. Por isso, a universidade e o Instituto Federal do Tocantins fizeram o primeiro registro de patente internacional. Isso significa que a inovação tem prioridade em 195 países, pelos próximos 18 meses.

Quer dizer a tecnologia só pode ser desenvolvida em qualquer lugar do mundo com autorização dos pesquisadores. Para os professores, o novo açúcar que gera etanol, por ser útil em países da Ásia.

"Você pode pensar em países como Coréia do Sul e Japão, que tem limitação de território, que não podem produzir tanto uma energia derivada de produção agrícola, mas uma energia derivada de carnicicultura, da produção de camarão é totalmente viável", defende o pesquisador em química Adão Montel.

Pesquisador Eber de Souza. Foto: https://g1.globo.com.



Na guerra fiscal da tilápia, PR sai na frente com redução do ICMS

Tilápia. Foto: http://sfagro.uol.com.br.
Enquanto São Paulo perde indústrias para o Mato Grosso do Sul e investidores locais miram novas fronteiras para a tilápia, como o Tocantins, outros Estados saem na frente na guerra fiscal. O governador do Paraná, Beto Richa, assinou em 23 de novembro o decreto que reduz o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da cadeia do peixe do Paraná de 12% para 7% nas operações de saídas interestaduais que tenham São Paulo como destino.

A medida vai até 30 de abril de 2019 e surge em um momento de fortalecimento produtivo do Estado, com a expansão da Copacol e a entrada da C.Vale no segmento. “Fomos sensíveis a esta reivindicação. O Governo do Estado acompanha diversos setores e atividades econômicas para ajudar os que perdem competitividade fiscal”, disse o governador.

O decreto se baseia em uma lei (14.160, de 2003), que dispõe sobre a compensação fiscal ao contribuinte do ICMS que se julgue prejudicado pela concorrência no mercado nacional. A lei autoriza o Estado a conferir tratamento tributário diferenciado em relação ao ICMS a fim de garantir a competitividade da produção paranaense.

O deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli disse no evento de assinatura do decreto que em torno de 88% da tilápia produzida no Paraná tem São Paulo como destino. Dados da Secretaria de Agricultura indicam que o Estado produziu no ano passado cerca de 106 mil toneladas de peixe cultivado, um avanço de 16,4% sobre 2015 (91 mil toneladas).

O valor bruto da produção chegou a R$ 616 milhões em 2016, dos quais R$ 542 milhões foram obtidos com a comercialização a São Paulo. Com a redução do ICMS, os produtores paranaenses podem incrementar a receita em 5% – se a nova alíquota estivesse valendo desde 2016, a receita adicional seria de R$ 27 milhões.

O decreto ainda carece de publicação no Diário Oficial do Paraná.


Governo de Minas Gerais soma esforços para agilizar o licenciamento ambiental dos piscicultores

Plano de ação prevê a capacitação de técnicos do sistema de meio ambiente e da Emater-MG

Criação de Peixes em tanque rede. Foto: www.emater.mg.gov.br.
Minas Gerais (MG) - Minas Gerais é reconhecido como a caixa d’água do Brasil, em função do volume expressivo de seus recursos hídricos e a criação intensiva de peixes se apresenta como boa alternativa para geração de emprego e renda. 

Para impulsionar a atividade no estado, o Governo de Minas Gerais soma esforços para agilizar a tramitação do licenciamento dos piscicultores no estado.

Este é o objetivo do “Treinamento sobre Regularização Ambiental de Atividades Aquícolas em Minas Gerais”, que iniciou no dia 27 de fevereiro no município de Moeda (Território Metropolitano) com termino no dia 1 de março. Promovido em parceria pelas Secretarias de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário do governo federal, o encontro reuniu para capacitação, nesta primeira etapa, 45 técnicos do sistema estadual do meio ambiente.

Segundo a Diretora de Aquacultura da Secretaria de Agricultura Ana Carolina Euler, nestas oficinas serão abordadas as características da piscicultura mineira e o potencial da atividade para a construção coletiva de uma instrução de serviço unificada que vai nortear o licenciamento aquícola em Minas. “Nosso principal objetivo é unificar o entendimento e buscar a padronização na análise e aprovação dos processos de regularização ambiental da atividade em todas as superintendências regionais de meio ambiente. Também queremos reduzir o percentual de informalidade na piscicultura, uma vez que ela penaliza o pequeno produtor, na medida em que impede o acesso às políticas públicas de fomento e estimula a perpetuação da exclusão social dos agricultores familiares”, afirma.

Etapas

Além desta capacitação para os técnicos do sistema de meio ambiente, o plano de trabalho prevê, ainda, a capacitação de 60 extensionistas da Emater-MG, a realização de mutirões de regularização de 150 piscicultores familiares dos principais polos produtores do estado, além da compra de equipamentos e veículos. O investimento previsto para a execução do projeto é de R$ 197,5 mil reais e as ações se estenderão até o final do ano.

A piscicultura em Minas

De acordo com o IBGE, Minas Gerais tem produção aproximada de 33 mil toneladas/ano de peixes e ocupa o 6º lugar no ranking nacional. A Tilápia é a espécie mais cultivada e responde por 94% dos peixes produzidos para corte.

Em relação à piscicultura ornamental, o estado ocupa o primeiro lugar, com destaque para a região da Zona da Mata, que produz cerca de 70% dos peixes ornamentais que abastecem o mercado nacional. Ainda segundo o instituto de pesquisa, o setor teve um crescimento de 61% nos últimos anos.

A Emater-MG estima que existem cerca de 4,6 mil piscicultores no estado, a maioria formada por agricultores familiares.


Peixe panga cai no gosto popular e facilidade na produção o torna rentável

Produção desde alevinos dura apenas seis meses e cada quilo rende pelo menos 400 gramas de filés 

Peixe Panga. Foto: grupoaguasclaras.com.br

Um peixe popularmente conhecido como Panga, tem se mostrado uma boa opção para quem investe em piscicultura e também para o consumidor, já que rende até 50% de filés. 

Por enquanto, a produção só é permitida em São Paulo, mas outros estados já se mostraram interessados em destravar esta opção. A criação do peixe Panga ainda é uma novidade para a piscicultura brasileira. Mas, o consumo desta espécie já está consolidado no país, com importações recorrentes, principalmente do Vietnã. Uma das principais características é que ele é um peixe de couro, ou seja, possuem o corpo desprovido de escamas como os bagres e cascudos.

"Este peixe já é comercializado no Brasil há mais de 10 anos. Em média, importamos mais de 70 mil toneladas por ano. A Europa, por sua vez, compra 180 mil toneladas. Então, este peixe já tem um mercado garantido, totalmente pronto. O que precisamos fazer, é ampliar nossa produtividade para diminuir a dependência dos importados e ter o nosso Panga no Brasil", diz Caetano Furno, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Pangasius (Panga BR).

Continue lendo essa notícia no site www.canalrural.com.br.