terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Máquina limpa três quilos de lambari por minuto

É muito bom acompanhar esses tipos de novidades ocorrendo no Brasil, mostrando o quanto nosso País é rico em recursos humanos e que apresentam grande potencial inovador. 

O pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia (Apta) Fábio Sussel que dispensa apresentações, foi quem desenvolveu a máquina para a limpeza de lambari.

Para quem conhece o pequeno peixe, sabe o quão deve ser difícil limpar cada peixe para render um bom petisco, como o Fábio Sussel denota, uma pessoa limpa no máximo 20 quilos de lambari por dia e a máquina entorno de 250 quilos ao dia.

Leia mais sobre essa máquina na reportagem que saiu no G1/São Carlos e Araraquara.


Pesquisador cria máquina para limpar lambaris e facilitar comércio de peixes


Segundo pesquisador de Pirassununga, SP, máquina limpa 250 kg por dia.
Com isso, preço de porções vendidas em restaurantes da cidade pode cair.

O pesquisador Fábio Sussel da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) de Pirassununga (SP) desenvolveu um equipamento para limpar lambaris e facilitar o comércio de peixes. A máquina já está disponível no mercado e, segundo pescadores, a expectativa é de que a inciativa diminua o preço para consumo dos produtos.

Em Cachoeira de Emas, um dos pratos mais pedidos é a famosa porção de lambari. Por mês, são vendidos cerca de 3 mil lambaris, somando cerca de 150 pratos. “Lambari tem muita saída. Os clientes gostam muito e é uma tradição, desde 48 que eles têm a tradição de vender lambari aqui”, contou Tiago Garsson, gerente de um restaurante local.

Mas, para que eles sejam comercializados, o processo é mais demorado do que se imagina.

“Primeiro, você tira a escama do lambari, depois tira a barrigada e as vísceras para fazer a limpeza correta com guelras e todas as coisas. Se for para limpar uma quantidade em grande escala de lambaris, não compensa”, explicou o lambaricultor José Ganel Neto.

Por isso, eles afirmam que uma máquina capaz de fazer isso geraria economia e facilitaria a vida de muitos restaurantes.

“Seria muito viável para nós porque ia reduzir os valores que a gente paga atualmente, então poderíamos repassar para os clientes esse valor, já que iríamos pagar menos”, disse Garsson.

Equipamento

Com a máquina desenvolvida pelo pesquisador Fábio Sussel, os lambaris têm as escamas retiradas em cerca de seis minutos. Depois, são levados para outra parte do equipamento, responsável por cortar a barriga e retirar as vísceras.

“Sempre existiu uma demanda de lambaris para petiscos, para ser consumido na forma de petiscos, porém faltava um equipamento para processar esse lambari cultivado", explicou Sussel.

"Uma pessoa consegue limpar, no máximo, 20 quilos de lambari por dia, e hoje nós temos o equipamento que consegue processar 250 quilos”, comparou.

A máquina acaba de chegar ao mercado com um custo de R$ 38 mil e é necessário um curso para manejá-la. “Com a entrada dessa máquina de eviscerar o lambari no mercado, a produção vem a crescer mais ainda e mais pessoas poderão ter uma melhoria de renda em suas propriedades”, afirmou o pesquisador.

Aceitação

O equipamento foi bem aceito entre lambaricultores. “Nós estamos produzindo 2 milhões de lambaris/ano lá em Londrina, e devemos dobrar a produção porque a capacidade é muito grande e queremos desenvolver metade da produção para petiscos gourmet”, disse o empresário André Giudiciss.

“A limpeza do lambari era um processo muito caro, que demandava muita mão de obra e ainda [era] lento, se fosse ser manual. A previsão é de que o mundo aumente bastante”, afirmou a lambaricultora Amanda Nardi.


Embrapa colabora para melhorias na pesca e na aquicultura bolivianas



A exemplo do que faz no Brasil, a Embrapa vem atuando junto a diferentes instituições na Bolívia visando a colaborar para o desenvolvimento da pesca e da aquicultura naquele país. Em 2016, foram realizados treinamentos em que profissionais da empresa atuaram como instrutores. O Projeto Peces para La Vida, de acordo com o pesquisador Luiz Eduardo Lima de Freitas, "é a primeira plataforma dedicada ao setor pesqueiro e aquícola na Bolívia e tem levantado informações sociais, econômicas e técnicas, as quais têm apoiado o fortalecimento dos complexos produtivos de pesca e piscicultura, principalmente os de escala pequena ou familiar".

Luiz Eduardo, que é da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), explica que, "devido à carência de profissionais no país para ministrar os módulos dos cursos, a coordenação do projeto tem buscado parceiros externos, entre os quais a Embrapa". Ele mesmo foi instrutor nos módulos sobre nutrição e alimentação e sobre monitoramento da produção, realizados em novembro passado em Yapacani e dos quais participaram cerca de 40 pessoas, incluindo técnicos e produtores.

O Peces para La Vida é coordenado pela organização não-governamental Centro de Promoção Agropecuária Campesina (Cepac), da Bolívia, e tem o apoio do governo canadense através do International Development Research Centre (IDRC) e da organização não-governamental World Fisheries Trust (WFT). Foi feito um diagnóstico da atividade piscícola no país e encontraram-se quatro fatores limitantes à produção na região tropical: baixa qualidade e contaminação da água; escassez e baixa qualidade genética de alevinos; baixa segurança nos tanques de criação, construídos sem planejamento; baixa qualidade de ração disponível no mercado.

Sanidade – A pesquisadora Patrícia Maciel, também da Embrapa Pesca e Aquicultura, ministrou em março em Yapacani um módulo de capacitação sobre sanidade de peixes. Entre os temas, "fatores que causam doenças na piscicultura, identificação dos agentes causadores das doenças em peixes, como tratar e evitar as doenças no cultivo, além de temas transversais como métodos para mitigar efeitos de baixa temperatura, possíveis causas para o boquejamento dos peixes nos viveiros de cultivo, controle de predadores de peixes e outros temas de interesse que surgiram ao longo do curso", diz ela.

Ao transmitir conhecimentos sobre piscicultura já estabelecidos, na própria literatura científica, a Embrapa colabora para uma melhor formação de técnicos e produtores. Mas não é apenas isso; para Patrícia, "há uma construção conjunta do conhecimento, ou seja, nós levamos as informações mais atualizadas de cada área, porém estávamos abertos para discutir possibilidades de melhorias da piscicultura dentro da realidade local, de forma que o conhecimento gerado de fato pudesse ser aplicado nas propriedades".

Já Marcela Mataveli, que trabalha com transferência de tecnologia na Embrapa Pesca e Aquicultura, ministrou três módulos: água, alevinagem e manejo sanitário. Isso tanto em Yapacani, como em Chimoré – nesta última cidade, Luiz Eduardo também ministrou conteúdo similar ao que trabalhou em Yapacani. Marcela esteve no país em outubro e fez, também, palestra em que abordou água, alevinagem e reprodução de tambaqui, desta vem em Santa Cruz de la Sierra. Esta atividade envolveu representantes da cadeia produtiva da piscicultura boliviana.

Fonte: www.embrapa.br.

Potencial do Tocantins para a piscicultura é reforçado, após lançamento de mais um parque aquícola

Foto: Clenio Araujo.

Tocantins (TO) - “Os tanques-rede vão trazer um grande futuro pra todas as famílias pescadoras porque vão ser um grande sucesso e um sonho realizado”: dessa maneira, se refere o pescador Vanaldo Bispo dos Santos ao parque aquícola de Brejinho de Nazaré, no Centro-Sul do Tocantins. Ele preside a colônia de pescadores do município e pretende criar, a princípio, três espécies: tambaqui, caranha e surubim.

Agora, o desejo do senhor Vanaldo está mais perto de se tornar realidade. É que, na última sexta-feira, 27 de janeiro, foi oficialmente lançado o parque. De maneira resumida, um parque aquícola é uma área em algum corpo d’água, geralmente reservatório de usinas hidrelétricas, que o poder público delimita, considerando características favoráveis ao desenvolvimento da aquicultura, e disponibiliza a interessados, com ou sem ônus. No caso do parque de Brejinho de Nazaré, 21 famílias, somando cerca de 80 pessoas, deverão ser beneficiadas.

O chefe geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, Carlos Magno Campos da Rocha, falou sobre o panorama e perspectivas da piscicultura no Tocantins. No momento, são cinco parques aquícolas liberados para exploração no estado: Sucupira, Brejinho 1, Brejinho 2, Miracema-Lajeado e Santa Luzia. Ao todo, são 135 hectares de lâmina d’água e uma produção que pode chegar a mais de 22.000 toneladas por ano. Em termos comparativos, o último dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relata uma produção de menos de 9.000 toneladas em 2015. Ou seja, caso as estimativas de produção dos parques aquícolas se concretizem, há uma grande oportunidade de aumento da produção de pescado no Tocantins.

Tanques-Redes. Foto: Clenio Araujo.

Gargalos

Carlos Magno falou também sobre os principais gargalos que dificultam a expansão da cadeia produtiva da piscicultura no estado. Um primeiro entrave é com relação à assistência técnica: “nós precisamos de mais gente capacitada pra atender principalmente os pequenos produtores, os que estão começando a atividade agora. Esse povo está desesperado por falta de assistência técnica”, afirmou. Ele defendeu a necessidade de simplificação da legislação que rege a atividade de piscicultura. Um terceiro gargalo refere-se a questões de comercialização e de beneficiamento.

O chefe da Embrapa fez uma defesa enfática da introdução da tilápia no estado. “Pra mim, o grande problema que nós temos aqui no Tocantins é a não regularização da tilápia. E se a gente continuar com essas discussões apaixonadas, que não levam a absolutamente nada, nós vamos continuar marcando passo”. Hoje, a principal espécie criada no estado é o tambaqui, que é o segundo peixe mais produzido no país, perdendo apenas para a tilápia. Enquanto esta foi responsável por 45,4% da produção do país em 2015, o tambaqui significou 28,1%, de acordo com o IBGE.

Pedro Dias, presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), destaca que, para que a produção de pescado cresça, são necessárias mudanças na legislação. Segundo ele, “nós precisamos destravar a questão do licenciamento. Nós temos essa missão: de conscientizar, principalmente o governo do estado, o órgão responsável. E nós não podemos mais permanecer nessa situação, convivendo com uma legislação que engessa o segmento praticamente e nós, de um lado, lutando, o produtor investindo e nós lutando pra fortalecer a cadeia. Sendo que a questão da legislação, é do conhecimento de todos, continua sendo um gargalo muito forte que impede o crescimento da produção do pescado no Tocantins”.

O bom funcionamento do parque aquícola de Brejinho de Nazaré é mais uma oportunidade para o Tocantins aumentar sua produção de peixes. O estado é o 15º produtor do país, respondendo, em 2015, por apenas 1,8% do total nacional. Rondônia é o primeiro estado e respondeu, no mesmo ano, por 17,5% do que o Brasil produziu de peixes. As oportunidades para o Tocantins estão colocadas. Resta aproveitá-las com eficiência e que as diferentes instituições, dentro das respectivas responsabilidades, atuem de maneira complementar visando ao desenvolvimento do setor.

Fonte: www.embrapa.br.

Município de Bragança ganha Centro de Pesquisas em Aquicultura do Nordeste Paraense


Bragança (PA) - A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), realizou na manhã da segunda-feira (30/01) no auditório do Instituto Santa Teresinha, a assinatura do convênio 01/2017 com a Universidade Federal do Pará (UFPA - Campus Bragança) no valor de R$1.300.000,00 para a criação do Polo Científico e Tecnológico de Bragança, a ser edificado na área rural do município, às proximidades da Vila do Caratateua. 

A instituição anunciou ainda que novos convênios serão assinados nos próximos dias com outras instituições para fortalecer a pesquisa na região.

Esta parceria é uma etapa importante para a implantação e operacionalização do Centro de Pesquisas em Aquicultura do Nordeste Paraense – CEANPA, a qual permitirá o fortalecimento de pesquisas em aquicultura na UFPA e Nordeste do Pará.

Presente ao evento, o Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica, Prof. Dr. Alex Fiúza discorreu quando da implantação da UFPA em Bragança, onde marcou uma nova era na formação acadêmica da região e que agora, inicia um novo ciclo de desenvolvimento para o nordeste do Pará. 

A Profa. Dra. Moira Meneses, representando a Direção do Campus Bragança pontuou esta celebração como um marco para as instituições, Governo do Estado, Prefeitura Municipal e UFPA que estão trabalhando juntas visando o mesmo objetivo.

O Prof. Dr. Eduardo Costa, presidente da Fapespa declarou que o envolvimento dos produtores locais, não somente na produção do pescado, mas na implantação do conhecimento na área é fundamental para o investimento em produtos que possam gerar emprego e renda para a comunidade.

O Prefeito de Bragança, Raimundo de Oliveira, acompanhado de seu Vice Mário Júnior e secretários prestigiaram o evento. O gestor municipal garantiu a continuidade da parceria em prol do engrandecimento do município e da região.

Fonte: ASCOM - PMB.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Manual orienta manejo com pescado

O manual já está disponível para distribuição na Universidade Federal do Rio Grande.

A indústria da pesca marinha no Brasil acaba de ganhar um aliado de peso. É o manual de tecnologias para o abate, processamento e rastreabilidade do peixe Bijupirá (Rachycentron canadum),  espécie de grande porte que habita áreas costeiras e em alto mar na maioria do litoral brasileiro. A publicação é o resultado de seis anos de intensos estudos conduzidos pela Rede de Pesquisa em Piscicultura Marinha (REPIMAR), criada pelo Governo Federal e com participação ativa da Embrapa.

O manual será distribuído às bibliotecas das universidades de todo o País, por meio do Núcleo de Aquacultura e Biotecnologia Marinha da Universidade Federal do Rio Grande, que editou a obra. A indústria pesqueira e interessados na publicação podem solicitá-la ao professor Luis Henrique da Silva Poersch no seguinte interesse: Rua General Osório, S/N, Centro, Campus Carreiros, Cep. 96200-400, Caixa Postal 474, Rio Grande, Rio Grande do Sul.

Com seis capítulos e 64 páginas, a publicação é um trabalho de fôlego que reuniu cientistas  de norte a sul do País, e foi organizado pelos professores Ronaldo Oliveira Cavalli, da Universidade Federal Rural de Pernambuco; Luis Henrique da Silva poersch, da Universidade Federal de Rio Grande; e da pesquisadora Fabíola Fogaça, da Embrapa Meio-Norte.

No litoral do Piauí, a Embrapa coordenou as ações de sanidade, abate e processamento do Bijupirá. As pesquisas focaram o método do índice de qualidade, que é um protocolo para avaliação do frescor do peixe e determinação da vida de prateleira do produto armazenado em gelo. As pesquisadoras Fabíola Fogaça e Alitiene Lemos conduziram os estudos.

Conhecido como o "Salmão brasileiro", o peixe Bijupirá, também chamado de Beijupirá, Cação-Escamas, Parambijú e Ceixupirá,  é uma espécie que tem crescimento rápido e pode atingir mais de quatro quilos em um ano, tem carne firme e de cor branca, segundo a pesquisadora Fabíola Fogaça. Na China, Taiwan e Vietnã, ele é produzido em larga escala comercial.

No Brasil, produtores de São Paulo, Rio de Janeiro e no Nordeste, trabalham com essa espécie em pequenas fazendas. No entender da pesquisadora, a produção ideal seria em alto mar. No eixo Rio-São Paulo, segundo o professor Ronaldo Oliveira Cavalli, o quilo do Bijupirá varia de R$ 30,00 a R$ 50,00. Os restaurantes japoneses são os maiores compradores dessa espécie.

Fonte: www.embrapa.br.

Ultrassonografia é usada para entender melhor características do tambaqui

Técnica ajuda no avanço do conhecimento sobre o tambaqui - Foto: Felipe Rosa.

Um grupo de pesquisadores está usando a ultrassonografia veterinária para identificar características positivas que sirvam para o melhoramento genético do tambaqui (Colossoma macropomum). A ideia é, futuramente, selecionar peixes com qualidades importantes para o mercado, como um tamanho superior de lombo ou um espaçamento maior entre as costelas, por exemplo, o que poderia resultar em mais carne por unidade. 

A técnica permite que os especialistas obtenham todas as informações necessárias para o estudo sem ser preciso sacrificar o peixe. "Com o ultrassom é possível medir perfeitamente a área desejada. Assim, podemos medir várias matrizes e ver se existe variabilidade na população de tambaquis. Se existir variabilidade nós podemos melhorar o peixe. É claro que existem diferenças geradas pelo ambiente, pela nutrição, condições do tanque, mas a parte genética também tem uma parcela de contribuição nessas diferenças e é isso que estamos descobrindo", destacou Caio Augusto Perazza, doutorando pela Universidade de Mogi das Cruzes. 

Conforme Perazza, a ultrassonografia em peixes é ainda pouco usada. "Existe algum uso com salmão, com carpa, mas para a parte reprodutiva. Para esse tipo de uso é totalmente recente. O fim de todas essas pesquisas é melhorar o peixe e toda a cadeia produtiva do tambaqui", explicou. 

Segundo a pesquisadora Alzira Miranda de Oliveira, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, instituição que coordena o projeto, o conhecimento do tambaqui pela ultrassonografia é parte do projeto intitulado Pró-Amazônia – Subsídios para melhoramento genético do tambaqui. "Esse projeto prevê duas ações: a genética populacional e os subsídios para melhoramento genético. Nós estamos tentando conhecer melhor toda a genética do animal e também verificar quais as características morfológicas do tambaqui em diferentes regiões do Brasil, dentre outros aspectos" explicou. 

"O projeto é importante para o avanço do conhecimento básico sobre o peixe, mas principalmente para a produção animal, vislumbrando o aumento da área do lombo, a distância entre costelas, o que significa maior rendimento de carne", concluiu Alzira. 

Fonte: www.embrapa.br.

Maiores informações:

Felipe Rosa (14406/RS) 
Embrapa Amazônia Ocidental 
felipe.rosa@embrapa.br 
Telefone: (92) 3303-7994

domingo, 22 de janeiro de 2017

Tilápia é o tipo de peixe mais produzido no Brasil

Produção do peixe fica concentrada em quatro estados: Paraná, São Paulo, Ceará e Santa Catarina


A criação de peixes em cativeiro no Brasil está em expansão e o país fecha o ano de 2016 com um crescimento de 10%. O faturamento ficou em R$ 4,5 bilhões.

Os peixes mais produzidos nos criadouros brasileiros são Tilápia e Tambaqui. Mas há também criações de Pirarucu, Dourado, Truta, Pintado e Pacu. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de tilápia aumentou 9,7% em 2015 e chegou a 219 mil toneladas entre janeiro e dezembro. O peixe é o mais criado pela piscicultura no país e chega a 45,4% do total da produção total.

A produção deste tipo de peixe está concentrada principalmente em quatro estados, sendo o Paraná o maior produtor, com 28,8%. São Paulo produz 13,2%, seguido por Ceará, com 12,7%, e Santa Catarina, com 11,4%.

Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a aquicultura terá expansão nos próximos anos no Brasil. Ainda de acordo com o relatário da FAO, o consumo de pescados no Brasil chegará a 12,7 quilos em 2025, cerca de 32% a mais do que os 9,6 quilos consumidos por ano entre 2013 e 2015.

Dados do relatório da FAO apontam que em dez anos a produção de pescados em cativeiro no Brasil mais do que dobrará. A expectativa é que em 2025 a produção já seja de 1,145 milhão de toneladas.