domingo, 10 de julho de 2016

Crateras provocadas por extração de argila viram viveiros de peixes no PA

Projeto reduz o passivo ambiental da extração em São Miguel do Guamá.
A expectativa é de produção mensal de 8 toneladas de tambaqui neste ano.


Pará (PA) - O Município de São Miguel do Guamá, nordeste do Pará, receberá um projeto piloto de desenvolvimento de piscicultura em áreas alteradas por extração de argila, uma das principais atividades econômicas local. 

O projeto piloto está sendo desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), em parceria com o produtor local José Bill, a prefeitura do município e a Universidade Federal da Amazônia (Ufra).

A falta de manejo adequado da extração de matéria-prima ocasionou um elevado passivo ambiental, com o surgimento de grandes crateras abandonadas.  O projeto “piscicultura em áreas alteradas por extração de argila” quer estimular o empresariado a trabalhar na restauração de áreas degradadas, beneficiar a economia do município, investir em áreas alteradas e ajudar o meio ambiente, a população, e os seus próprios empreendimentos.

Inicialmente, as crateras foram adaptadas em viveiros, onde são cultivados peixes da espécie tambaqui; com expectativa de produção mensal de aproximadamente oito toneladas, a partir de outubro deste ano. Com o avanço das escavações, a área dos viveiros poderá alcançar até 30 hectares.

O projeto apresenta um diferencial em relação às atividades tradicionais na aquicultura, principalmente no que diz respeito ao aproveitamento das águas subterrâneas e das marés, através do fluxo e refluxo, que deverá abastecer e drenar as áreas a serem trabalhadas na atividade aquícola.

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