terça-feira, 19 de abril de 2016

Banco da Amazônia tem R$ 1,5 bilhões para investir no Pará em 2016

Nos últimos cinco anos, o Banco da Amazônia aplicou R$ 6,4 bilhões em créditos de fomento no Pará, sendo R$ 1,3 bilhão na agricultura familiar

Pará (PA) - O Banco da Amazônia tem R$ 1,5 bilhão disponível para aplicar no Pará este ano, sendo R$ 1 bilhão do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e R$ 507 milhões da carteira comercial do banco. Dos recursos do FNO, R$ 287,6 milhões vão para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), R$ 200,7 milhões para as micro e pequenas empresas e empreendedores individuais, R$ 79 milhões para o Programa de Agricultura de Baixo Carbono. Lançado em 2015, o FNO-ABC é destinado a projetos agropecuários e florestais para redução da emissão de gases de efeito estufa na região.

Segundo o Plano de Aplicação de Recursos Financeiros 2016, há investimentos previstos para todas as mesorregiões do Estado. No Baixo Amazonas, por exemplo, na microrregião de Santarém, os esforços serão para o desenvolvimento da piscicultura e da cadeira produtiva da mandioca. No Marajó, em Soure, haverá investimentos na cadeia de frutas regionais, como o açaí, na aquicultura, criação de búfalos de corte e leite e ovinocaprinocultura. Já na mesorregião Sudeste, os recursos serão destinados à microrregião de Marabá para potencializar o reflorestamento, a pecuária de corte e o setor de mineração.

Investimentos

Nos últimos cinco anos, o Banco da Amazônia aplicou no Estado do Pará R$ 6,4 bilhões em créditos de fomento, com destaque para R$ 1,3 bilhão destinados à agricultura familiar, R$ 1,5 bilhão para as atividades agropecuárias, R$ 244,5 milhões para atividades florestais, R$ 1,8 bilhão para o desenvolvimento do comércio e do setor de serviços e R$ 916,4 milhões em apoio às micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais.

Ao longo desse período, a instituição tem participado de grandes projetos no Estado, como a construção do aeroporto de Santarém, a construção das eclusas de Tucuruí, o terminal hidroviário de Monte Alegre, o porto de Vila do Conde, em Barcarena, e a construção e pavimentação de trechos da BR-163.

Considerando apenas o valor contratado em 2015, estima-se um impacto de R$ 7,09 bilhões sobre tudo que foi gerado de riqueza no Pará, ou seja, no valor bruto da produção (VBP). Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) estadual, espera-se um impacto de R$ 4,59 bilhões. Os tributos gerados a partir das operações realizadas chegariam a R$ 948 milhões, além da geração de mais de 184 mil empregos e R$ 1,06 bilhão em salários.

Segundo dados do Banco Central, a participação do Banco da Amazônia no crédito de fomento, no Pará, é de 71%, e as 43 agências da instituição representam 12,18% de toda a rede de agências do Estado. O atendimento do banco cobre 100% dos municípios. Os recursos investidos serviram para potencializar as atividades realizadas por microempreendedores individuais, além de mini, micros, pequenas, médias e grandes empresas locais.

Parceria

No final de março, o presidente do Banco da Amazônia, Marivaldo Gonçalves de Melo, e o governador do Pará, Simão Jatene, assinaram um protocolo de intenções para impulsionar os negócios sustentáveis no Estado. Segundo o protocolo, haverá a mobilização e a integração das classes produtivas para a utilização do total de R$ 1,5 bilhão disponível no Plano de Aplicação de Recursos do Banco da Amazônia 2016. A meta é promover, por meio de um trabalho, a estruturação e o fortalecimento dos aglomerados econômicos, arranjos produtivos locais e as cadeias produtivas do Estado, para criar iniciativas que reduzam as desigualdades locais.

A parceria também objetiva a promoção da cultura do empreendedorismo consciente, estimulando e apoiando a adoção de melhores práticas produtivas sustentáveis, por meio de negócios que gerem a distribuição de renda, criem oportunidades de trabalho e emprego e promovam a inclusão social.

Para cumprir com esses objetivos, caberá ao Banco da Amazônia atuar de acordo com as políticas dos governos federal e estadual, apoiar o fortalecimento do associativismo e do cooperativismo de produção do meio rural, agroindustrial e industrial e assegurar recursos para financiar investimentos, custeio e capital de giro.

Já ao governo estadual caberá potencializar o agronegócio, promovendo a inserção da produção familiar nos mercados, bem como os setores industriais e de serviços, a partir da expansão de atividades de maior demanda de mão de obra, intensificando a geração de emprego e renda. E, ainda, assegurar e disponibilizar os serviços de assistência técnica e extensão rural do Estado e garantir recursos financeiros para melhorar e expandir a infraestrutura econômica básica em áreas prioritárias.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Banco da Amazônia. 

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