Os peixes podem desempenhar um importante papel na dispersão de sementes em grandes distâncias. Um novo estudo intitulado 'Effects of seed traits on the potential for seed dispersal by fish contrasting modes of feeding', publicado pela Freshwater Biology e realizado por ecologistas e especialistas em peixes da Universidade de Radboud e pela Universidade de Wageningen, revelou que sementes pesadas e que podem passar ilesas pela boca e o intestino dos peixes, podem ser levadas por quilômetros de distâncias.
Os pesquisadores coletaram 36.400 sementes de dezenove variedades de plantas, tanto aquáticas como aquelas que de desenvolvem ao longo dos corpos d'água. Estas sementes coletadas foram enroladas em pequenas bolas de massa, assegurando que as sementes ficassem agregadas e que os peixes comessem nas mesmas quantidades (tanto sementes quanto grandes grandes estavam nas bolas de massa). Duas espécies de peixes foram selecionadas para o experimento, sendo a carpa comum (Cyprinus carpio) e a tilápia de moçambique (Oreochromis mossambicus). Estes dois tipos de peixes possuem diferentes sistemas digestivos. Entre as características observadas nas semestres, levou-se em consideração a dureza, tamanho e a forma. As fezes dos peixes alimentados com as sementes foram coletadas 28 horas após o consumo. Será que os peixes engoliram as fezes e depois excretaram novamente? E se assim for, será que elas germinaram? As carpas forma capazes de digerir quase todas as sementes, principalmente as duras, já que as chances de sobreviverem são maiores. As poucas sementes moles que foram excretadas pelo carpa provaram que são capazes de germinar mais facilmente. Apesar da tilápia ter comida menos sementes, as que foram excretadas foram facilmente germinadas quando comparadas com a carpa.
Saiba mais sobre esse estudo na Fonte: www.observasc.net.br
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