sábado, 3 de outubro de 2015

Novo teste de toxicidade da água não precisa usar peixes vivos

Foto: www.york.ac.uk.
Cientistas suiços e ingleses desenvolveram um novo teste de contaminantes na água que não precisa usar peixes vivos. O novo procedimento - que utiliza células das brânquias de truta arco-íris cultivadas em laboratório – é mais sustentável e mais rentável.

Os principais objetivos da avaliação do risco de produtos químicos são evitar a poluição ambiental e garantir a utilização segura e sustentável de produtos químicos, mantendo um equilíbrio entre os benefícios para a humanidade e os perigos da introdução de compostos sintéticos nos ecossistemas. Todos os dias, cerca de 15.000 novas substâncias são registradas, e dos 100 milhões de produtos químicos registrados, poucos estão sendo regulados, e menos ainda são avaliados pela sua segurança. Esta avaliação é essencial, mas muitas vezes se baseia em métodos eticamente controversos e caros. Peixes nas fases inicias de vida são particularmente sensíveis a contaminantes na água, e mais de um milhão de peixes são usados por ano para testes de toxicidade e de investigação científica somente na União Europeia. Para cada teste, são necessários cerca de 400 peixes.

Neste novo método, a inibição do crescimento de células sob stress químico, medido ao longo de alguns dias, pode ser tomada como indicador dos efeitos químicos sobre o crescimento de peixes nos próximos 30 e 60 dias, estimado a partir de modelagem numérica. O projeto, financiado pela UE foi desenvolvido pelo Instituto Federal Suíço de Ciência e Tecnologia Aquática, em colaboração com o Instituto Federal Suíço de Tecnologia, em Zurique, a Escola Politécnica Federal de Lausanne e a Universidade de York. Os resultados foram publicados na revista Science Advances.

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